O ministro Marco Aurélio (foto) disse aos jornalistas que estavam na sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (24), que o fato de ter negado liminar em Habeas Corpus para a soltura do governador José Roberto Arruda, não impede que ele vote pela liberdade na decisão em plenário. “Uma coisa é a atuação no campo preliminar e efêmero e outra coisa é a atuação no voto definitivo. Eu posso puxar um voto concedendo a ordem. Por que não?", indagou o ministro.
Marco Aurélio informou que já houve caso em que ele deferiu a liminar e depois puxou voto para denegar a ordem. “Quem sabe dessa vez, eu talvez tenha a dualidade, indeferimento da liminar e concessão da ordem”, disse.
Caso isso aconteça, o ministro disse que a falsa argüição de suspeição, que surgiu no STF contra ele, “seria um tiro no pé”. O ministro ficou indignado com o surgimento de uma peça argüindo a suspeição dele no caso, atribuída ao advogado José Gerardo Grossi. A autuação surgiu no sistema do STF e deve ser encaminhada à Polícia Federal para apurar como houve e qual o responsável pela falsificação.
Marco Aurélio disse que tão logo leu a peça percebeu que não se tratava de ato do advogado Grossi, “porque era tão pífia do ponto de vista da argumentação em apenas três páginas”.
A prisão de Arruda e mais cinco foi decretada, no dia 11 de fevereiro, pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça. Eles são acusados de tentar subornar o jornalista Edson Sombra, testemunha do esquema de corrupção que atingiu o governo do Distrito Federal, empresários e deputados distritais. O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal, decidiu manter a prisão do governador.
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