sábado, 27 de fevereiro de 2010

Bairros de São Paulo sentiram reflexo do terremoto no Chile

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil de São Paulo receberam chamados durante a madrugada deste sábado (27) para verificar a ocorrência de pequenos tremores em vários bairros da capital paulista, em decorrência do terremoto de mais de 8 graus na escala Richter que atingiu o Chile hoje.

Segundo informações das corporações, moradoras de Tatuapé e Mooca, na zona leste de São Paulo; Bela Vista, na região central da cidade, e da Avenida Paulista procuraram a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros para comunicar tremores. "Algumas pessoas ligaram, mas não houve registro de danos nem de feridos", afirmou o soldado da PM Vladimir Soares, da sala de estação do Corpo de Bombeiros.

O Corpo de Bombeiros informou ainda que foi chamado para verificar efeitos de um tremor rápido em um prédio localizado na Rua Brigadeiro Tobias, no Centro da cidade. Uma equipe foi deslocada para o local, mas não constatou abalos na estrutura do imóvel.

A Defesa Civil informa que opera em estado de atenção, embora, não haja informações sobre vítimas e danos na capital paulista.

O embaixador brasileiro em Santiago, Mario Vilalva, o disse, em entrevista à Band News, que o prédio da embaixada na capital chilena sofreu rachaduras. "Há paredes trincadas e houve queda de reboco", explicou o embaixador. Mas não há registro de vítimas na embaixada.

Vilalba disse ainda que os técnicos registraram pelo menos 10 outros abalos logo a seguir ao tremor principal. "Mas o pior já passou", afirmou o embaixador.

O terremoto que atingiu o Chile na madrugada deste sábado matou ao menos 78 pessoas, informou a presidente do país Michelle Bachele. Segundo o ministro do Interior, Edmundo Pérez Yoma, 34 das mortes foram registradas na região do Maule, a 300 quilômetros ao sul de Santiago.

Ainda ocorreram 13 mortes em Santiago, dez na região de O'Higgins, quatro em Valparaíso e três em Araucania, a 670 quilômetros ao sul de Santiago.

Na região do Bio-Bio, a 500 quilômetros de Santiago, onde ocorreu o epicentro do terremoto, registrado às 03h36 de hoje, foram confirmadas dez mortes, mas se presume que exista um número maior, segundo o subsecretário do Interior, Patrício Rosende.

Até o momento persistem problemas de comunicação, disse o funcionário, que confirmou que o Governo declarou estado de catástrofe em todo o território atingido pelo sismo, entre as regiões de Valparaíso e Araucania, que abrange 800 quilômetros do país.

Com relação aos danos materiais, ainda estão sendo avaliados. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido alguns danos em suas instalações e informou que várias pontes ficaram danificadas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

O tremor foi o maior no país em 25 anos. A presidente Michelle Bachelet (foto) avalia a possibilidade de declarar zona catastrófica a região do Maule, Bio Bio e Araucania.

"Quero pedir calma", disse a presidente chilena ao convocar uma reunião de emergência para discutir as medidas após o tremor às cinco da manhã locais.

Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica, Antártida e região do Pacífico.

C/ Agência Estado, BBC, Efe e Agência Folha 

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