Nesta segunda-feira (16), o presidente Lula será o orador da cúpula da FAO, braço da ONU para alimentação e agricultura, com participação de poucos chefes de Estado de países ricos, os principais financiadores dos projetos de combate à fome no mundo.
Cerca de 60 países comparecem ao encontro, em Roma, mas não se pode garantir o sucesso diante da ausência de líderes de países como os Estados Unidos, Grã-Bretanha e França. Na reunião, serão lançadas as bases para uma nova forma de coordenação global de combate à fome.
Segundo a FAO, o número de subnutridos no mundo já supera o bilhão, o pior nível desde os anos 1970 e uma deterioração na tendência mundial que torna ainda mais distante o objetivo de reduzir o número de famintos para 420 milhões de pessoas até 2015.
Para dar conta de um aumento de população dos atuais 7 bilhões para os estimados 9 bilhões em 2050, a produção de alimentos nesses países precisa crescer 70% no período. Isso significa que o investimento em agricultura alimentar precisa passar dos atuais US$ 7,9 bilhões anuais para US$ 44 bilhões por ano.
Com o Brasil bem na fita - figura entre os elogiados como modelo de combate à fome, por conta do Fome Zero que atende 44 milhões de pessoas-Lula aproveita para dar visibilidade não apenas às suas ações domésticas de combate à fome, mas também a iniciativas para fortalecer a segurança alimentar no mundo.
O Brasil convocou uma reunião com os países africanos para propor uma ajuda no desenvolvimento agrícola da savanas africanas. O próprio presidente serviu de garoto-propaganda para propor aos países da África subsaariana iniciativas de transferência de tecnologia agrícola a partir da experiência brasileira na viabilização agrícola do Cerrado, que também é um tipo de savana.
C/ a BBC Brasil
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