Em Roma, a notícia da decisão do STF sobre a extradição de Battisti foi recebida com aplausos na Câmara dos Deputados, informou na noite desta quarta-feira (18) o o jornal italiano Corrieri della Sera.
Todos os deputados aplaudiram longamente em todos os setores da Câmara, após o anúncio do parlamentar Massimo Corsaro, do partido Povo da Liberdade, o mesmo do premiê Silvio Berlusconi, relata a publicação.
A deputada Olga D'Antona, do Partido Democrata, de oposição, viúva do advogado Massimo D'Antona, morto pelas Novas Brigadas Vermelhas, similar do grupo Proletários Armados pelo Comunismo, ao qual Battisti era ligado, considerou a extradição, "uma vitória para a Itália e seu sistema judicial."
"O juiz emitiu a ordem de extradição, mas agora eles estão novamente em sessão fechada para decidir se a assinatura do presidente Lula definirá a situação" - explicou o ministro da Justiça, Angelino Alfano .
Em seguida, acrescentou: "Em qualquer caso, a medida decidida é o culminar de anos de trabalho e a emergência de se configurar Battisti é um assassino, e não um preso político".
O ministro Franco Frattini, dos Negócios Estrangeiros, manifestou "grande satisfação por terem sido reconhecidos a responsabilidade e o respeito ao Governo italiano" e pediu "que esta importante decisão seja executada imediatamente".
O ministro da Defesa, Ignazio La Russa, também elogiou a decisão: "Esta é a melhor resposta que se poderia dar para aqueles que tinham imaginado por um momento que o Brasil não era um país amigo".
O Corrieri della Sera- um dos mais influentes jornais italianos- anunciou a decisão do STF com a manchete: " Tribunal diz sim à extradição, mas Lula poderá ter a última palavra".
A votação desta quarta-feira (18), no STF, foi decidida pelo voto do ministro Gilmar Mendes, presidente da Corte. O placar anterior era de quatro a quatro.
C/ o Corrieri della Sera
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