quarta-feira, 31 de março de 2010

'Governamos para o povo, não para os partidos', afirma José Serra na despedida

Com uma hora de atraso, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), começou o discurso do balanço de seu governo à frente do Palácio dos Bandeirantes. "Governo, como as pessoas, tem que ter alma. A nossa alma, a alma desse governo é a vontade de melhorar a vida das pessoas, para que todos tenham oportunidade de melhorar", declarou Serra. "Governamos para o povo, não para os partidos", completou. Ele também negou a fama de centralizador. "Não sou centralizador. O pessoal de Brasília ri ironicamente. Mas o pessoal de São Paulo me conhece e sabe que não sou centralizador", acrescentou. 

O tucano iniciou seu discurso saudando a cúpula nacional do DEM, do PSDB e do PPS, principais partidos de sua base, todos presentes ao evento. Entre eles, Sergio Guerra e Tasso Jereissati (PSDB), Kátia Abreu, Rodrigo Maia e Gilberto Kassab (DEM), além de Roberto Freire (PPS).

Foram instalados dois telões no gramado que fica na frente do palácio, onde ficarão os filiados do partido. No Auditório Ulysses Guimarães, são esperadas cerca de 2.000 autoridades, como prefeitos, presidentes das câmaras municipais e líderes tucanos e de partidos aliados - foram enviados 4.000 convites oficiais pelo palácio, mas a expectativa é que apenas a metade compareça.

Em frente ao Palácio dos Bandeirantes, o governador destacou: "Me sinto revigorado, fortalecido, porque nós fizemos as coisas acontecerem em São Paulo." E completou: "Ainda temos 9 meses pela frente, e o governo será conduzido por um homem honrado, um patriota, que lutou pela democracia."

Anteontem, o diretório estadual expediu aviso aos militantes para que evitem ir com bandeiras e símbolos ao evento para não caracterizar campanha eleitoral antecipada.

Serra antecipou no Twitter que lembraria de seus "compromissos de vida" no discurso, repetindo o histórico profissional que traçou na última terça-feira, 30, em evento de vistoria das obras do trecho sul do Rodoanel Mário Covas. Nessa visita, o tucano afirmou que o seu único sentido de vida é dedicar-se às questões do povo e que saía do governo "contentíssimo" por suas realizações no comando do Estado.

Um comentário:

  1. Acompanhei a transmissão deste evento ao vivo pela internet, oportunidade em que pude notar a diferença elefântica entre um José Serra e um Paulo Hartung, mesmo que um dia o segundo tenha sido discípulo e o primeiro guru e líder político do segundo.

    Paulo Hartung, exagerando no seu notório estilo dissimulatório, montou uma cena circense com lançamento de um livro calhamaço de sete anos de governo, escrito, claro, sem licitação como sempre, pelo o biógrafo oficial do seu governo, Antônio Martinuzzo, e aquela foto com o secretariado e bajuladores eternos na escadaria palaciana. Uma cafonice só.

    Serra foi direto ao ponto. Prestou contas de seus atos, criticou os adversários e se colocou com uma alternativa corajosa ao lulo-petismo.

    Quanto a S. Excelência Paulo César Hartung Gomes, que logo logo será voltará a ser chamado simplesmente por Paulinho da Mobiliadora Canaã (referência a velha loja que pertenceu a seu pai) resta o final de carreira melancólico ameaçado, chantageado e acovardado por cobras que ele mesmo criou ao seu redor.

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