quarta-feira, 20 de maio de 2009

Seria cômico, se não fosse sério

As obras que serão suspensas pela Câmara dos Deputados para reduzir os gastos da Casa estão previstas em orçamento há vários anos, mas nunca saíram do papel.

Desde 2005, a reforma e a ampliação do anexo IV (onde está instalada a maioria dos gabinetes dos parlamentares), a construção do anexo V e o projeto de implantação do canal internacional da Câmara – itens suspensos conforme decisão de ontem – têm dotação orçamentária prevista, mas, na prática, não são realizadas.

No ano passado, as três rubricas tinham R$ 271 milhões autorizados no orçamento do órgão, dos quais apenas R$ 26,8 mil foram efetivamente desembolsados.

Em 2007, a mesma situação. Os três projetos já estavam listados no orçamento da Câmara e tinham um montante previsto de R$ 20,4 milhões para o ano, dos quais nenhum centavo foi aplicado.

Os dados foram extraídos do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), que registra receitas e despesas dos órgãos da União.

Se a Câmara nunca gastou os valores previstos para as obras, resta saber porque, agora, não aplicar o dinheiro seria uma economia.

C/ informações da ONG Contas Abertas

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