sexta-feira, 22 de maio de 2009

Adeus a Zé Rodrix, a voz do Festival de Verão de Guarapari



A primeira vez em que vi Zé Rodrix foi em fevereiro de 1970, no Festival de Verão de Guarapari, a versão tupiniquim do Woodstock montada nas Três Praias pelos jornalistas Rubinho Gomes e Antonio Alaerte ( falecido).
Uma grande mobilização de jovens do país, num tempo em que os garotos dos EUA mergulhavam no movimento hippie, para fugir da guerra do Vietnam, e por aqui, sob a ditadura que também matava jovens, eram imitados.
Rodrix, com o Som Imaginário, vestido de branco, cantou dentro da noite a música a que eu o associaria para sempre. Feira Moderna nem era dele, mas de Beto Guedes, Lo Borges, Fernando Brandt, outros da banda, porém escapava da sua própria alma.
Rodrix ainda não havia estourado com Casa de Campo, em parceria com Tavito.
Tavito também estava ali, nas Três Praias.
Um ano antes vencemos, eu e Tavito- que tocava para o seu amigo Chico Lessa, primeiro colocado da noite- o Festival de Musica Popular do ES.
Fiquei em segundo lugar, interpretando uma das minhas músicas de protesto, que era do que mais gostava.
Viajamos juntos logo depois para Belo Horizonte.
Tavito ainda morava lá. Fui visitar uma pessoa da família. Fomos de ônibus comum, sem dinheiro, naquela época, para coisa melhor.
Tempos depois, Tavito e Rodrix compuseram Casa de Campo, inesquecível.
Mas guardei de Rodrix, a Feira Moderna, que nem dele era, mas que se tornou dele para sempre.

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