terça-feira, 18 de maio de 2010

Países enviam ao Conselho de Segurança da ONU proposta de sanções contra o Irã; Brasil reage


Os Estados Unidos entregaram nesta terça-feira ao Conselho de Segurança da ONU uma proposta de resolução para ampliar as sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear, após convocarem uma reunião de emergência.

Além de Reino Unido, França e Alemanha, os EUA conseguiram conquistar também o apoio de Rússia e China para a nova proposta de sanções, após meses de negociação. A decisão de circular a resolução ao Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira desconsiderou abertamente o acordo fechado entre Brasil, Turquia e Irã, divulgado ontem.

A embaixadora do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, Maria Luiza Ribeiro Viotti, deixou claro   que o país está insatisfeito com a divulgação de um esboço de sanções contra o Irã, após uma reunião do grupo na tarde de hoje.

O Brasil não vai entrar em nenhuma discussão no momento porque achamos que é uma situação nova", disse ela. Já o chanceler Celso Amorim disse que irá reagir dentro do Conselho de Segurança da ONU e que está escrevendo uma carta a quatro mãos com o chanceler turco para enviar aos membros do conselho. 

Poucas das medidas propostas são novas, mas diplomatas do Ocidente disseram que o resultado é o melhor que poderiam esperar, dada a determinação da China e da Rússia em evitar medidas que pudessem prejudicar a economia do Irã e suas relações bilaterais com o país do Oriente Médio.

O embaixador da China no Conselho na ONU, Li Baodong, disse que, se a nova rodada de sanções for aprovada, isso não deve prejudicar o comércio normal com Teerã. 

O documento de dez páginas "pede aos Estados que adotem medidas adequadas para proibir (...) a abertura de novas agências, subsidiárias ou escritórios de representação de bancos iranianos" caso haja razões para supor que tais bancos estejam vinculados a atividades de proliferação nuclear.

O esboço também aponta "a necessidade de exercer vigilância sobre transações que envolvam bancos, inclusive o Banco Central do Irã, de modo a evitar que tais transações contribuam para a proliferação de atividades nucleares sensíveis" ou para o desenvolvimento de sistemas para o lançamento de armas atômicas.

A quarta rodada de sanções ao Irã ampliaria o embargo armamentista já em vigor contra o país, incluindo novas categorias de armamentos pesados. Vários diplomatas ocidentais do Conselho de Segurança disseram que o órgão da ONU, com 15 países, deve votar a resolução no começo de junho. (Com Portal Folha)

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