quinta-feira, 8 de julho de 2010

'Vai ficar uma ferida', diz Dunga em entrevista exclusiva ao Estado, ao falar pela primeira vez

 Fechado em sua casa, em Porto Alegre, desde a chegada ao Brasil, no domingo, ele não se arrepende de nada. Ao lado da família, sequer assistiu às semifinais da Copa do Mundo e tampouco pretende ver decisão de 11 de julho. Esse é Dunga, agora ex-técnico da seleção brasileira, eliminada nas quartas de final na África do Sul - segundo ele, uma ferida que não sairá tão cedo. 

A seguir, confira alguns trechos da entrevista da edição desta sexta-feira, 8, feita pelo editor de Esportes Eduardo Maluf, de O Estado de S. Paulo.

Agora que a Copa passou, o que faria de diferente?

Foi feito tudo o que tinha de ser feito. A seleção não foi fechada como vocês dizem. Eu, por acaso, entro na sua redação para ver o que você está fazendo? Ou entro na sua casa? Não. Então ninguém tem de entrar na concentração. Pra quê? Pra ver homem pelado? O que eu fiz foi organização. Mas alguém fala alguma coisa, critica, e vocês, da imprensa, vão todos atrás. Eu ajo com a minha consciência.

Não acha que poderia ter convocado Ganso e Neymar?

Por quê? O ataque não fez gol?

Conseguiu esquecer a derrota para a Holanda?

Não, isso não se esquece. Vai ficar uma ferida. Esse jogo não vai sair da cabeça tão cedo. Futebol é minha vida. Ninguém está preparado para perder. Foi uma fatalidade. Os holandeses tiveram duas chances e fizeram dois gols. Jogamos um grande primeiro tempo, poderíamos ter matado o jogo. Fazer o quê? Um dia alguém vai analisar toda a história e avaliar o que aconteceu.

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