segunda-feira, 10 de maio de 2010

Marinha quer licitar navios escolta para o pré-sal em 9 bilhões de euros

A Marinha do Brasil pretende licitar entre o final deste ano e o próximo a construção de 18 navios escolta no valor de 500 milhões de euros cada, uma competição de 9 bilhões de euros e cuja exigência de conteúdo nacional será menor do que a habitual.

"São navios muito complexos, é difícil atingir o índice de nacionalização de outras embarcações por causa das armas", explicou o contra-almirante Francisco Deiana durante apresentação em seminário do setor naval na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) nesta segunda-feira (10).

Os navios deverão ser construídos no Brasil em associação com um estaleiro projetista internacional, informou o militar, prevendo o prazo de cinco anos para a construção.

Destinados à proteção da costa, possivelmente na região do pré-sal da bacia de Santos, onde estão localizadas reservas de petróleo que podem mais que dobrar as atuais reservas brasileiras, os navios escolta terão que ter no mínimo 40% de conteúdo nacional, um índice baixo se comparado aos exigidos em programas da Petrobras e suas subsidiárias, em torno dos 70%.

"O modelo estratégico é ter um projeto já consagrado que seja adaptado para a nossa realidade e construído no Brasil", disse o militar, citando França, Itália e Alemanha como possíveis países que disputariam a encomenda.

Ele admitiu no entanto que a decisão da compra, assim como no caso dos caças, deverá obedecer às lógicas estratégica e política do governo. "A Marinha emite o parecer técnico, mas existem outros componentes estratégicos e políticos", afirmou. (Com portal Exame)

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