quarta-feira, 5 de maio de 2010

Lula defende investigação da denúncia de jornalista capixaba sobre envolvimento de Tuma Júnior com máfia chinesa

Ao comentar as denúncias de suposto envolvimento do secretário Nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, com o suposto chefe da máfia chinesa em São Paulo Li Kwok Kwen, o Paulo Li, o presidente Lula defendeu nesta quarta-feira (5) uma “investigação democrática” do caso e procurou valorizar o secretário referindo-se a Tuma Júnior como “delegado experimentado e um homem que tem uma folha de serviços prestados a esse país”.  A matéria publicada nesta quarta-feira (5) em O Estado de S. Paulo é de autoria do jornalista capixaba Rodrigo Rangel.

“Primeiro tem que esperar investigação”, afirmou Lula. “Todo mundo sabe que o delegado Tuma filho é um delegado muito experimentado na polícia brasileira, na polícia de São Paulo. É um homem que tem uma folha de serviços prestados a esse país. Se há uma denúncia contra ele, a única coisa que temos que fazer antes de precipitarmos decisões é investigar da forma mais democrática possível dando a ele possibilidade de se defender”, finalizou o presidente.

Mais cedo, o secretário Romeu Tuma Júnior afirmou que a suposta ligação de seu nome com o chefe da máfia chinesa é fruto de um "problema político". Tuma Júnior disse que, antes de dar mais detalhes sobre o caso, aguarda resposta do Ministério da Justiça para saber se pode se pronunciar. "Isso é um problema político. Estou consultando o Ministério da Justiça para saber sobre o andamento desse processo, para não incorrer em crime de quebra de sigilo. Deixa eles prestarem os esclarecimentos para ver se não tem alguma implicação, mas falo sobre isso sem problema algum", afirmou o secretário.

Questionado se teria receio de ser afastado ou até mesmo demitido do cargo, Tuma disse estar tranqüilo: “Meu cargo é de confiança. Em nenhum momento traí a confiança de alguém.”

Tuma Júnior disse enxergar “uma intenção de desmoralizá-lo”, classificou a denúncia de “absurdo” e ainda arriscou um palpite: “Devo estar contrariando os interesses de alguém.” O secretário Nacional de Justiça também estranhou o fato das acusações virem a pública justamente no momento em que ele assume o comando do Conselho Nacional de Combate à Pirataria. “É muito estranho isso aparecer nesse momento”, avaliou.

Segundo reportagem publicada nesta quarta pelo jornal "O Estado de S.Paulo" (veja neste blog), gravações telefônicas e e-mails interceptados pela Polícia Federal durante investigação sobre contrabando apontam ligação entre Tuma Júnior e Paulo Li, que foi denunciado pelo Ministério Público Federal no fim do ano passado por formação de quadrilha e descaminho e está preso.

Consultado pelo G1, o MPF em São Paulo afirmou que Tuma não foi acusado na denúncia. A assessoria de imprensa não soube responder se o nome do secretário é citado de alguma parte. A reportagem ainda não obteve acesso à denúncia. Procurada pelo G1, a Polícia Federal tanto em São Paulo como em Brasília não se pronunciou a respeito do caso. (Com informações do G1)

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