
Envolvida em todos aqueles panos coloridos, parecia uma rainha africana.
Alta, bonita, barulhenta, ao descer do carro, no jardim da residência oficial da Praia da Costa, abriu os braços e gritou: "Que mundo maravilhoso!"
Acompanhava o marido, ausente 27 anos, enquanto cumpria pena por sua luta contra o apartheid, saindo em fevereiro de 1990.
Escalada pela Agência Estado (O Estado de S.Paulo/ Jornal da Tarde), para acompanhar o casal em sua visita, eu a olhava também como uma heroína, embora tenha me dito que as mulheres brasileiras eram oprimidas e que viria nos dar lições de liberdade.
Winnie Madizikela Mandela, a segunda mulher de Nelson Mandela, circulou pelo Brasil com desenvoltura. O marido, ainda sem cargo político, preparava-se para a carreira na volta ao seu país.
Em 1992, a bomba explodiu: Winnie foi denunciada por envolvimento em crimes. Sua condenação a cinco anos de prisão, em 2004, teve como motivação 43 fraudes e furtos. Antes disso, porém, em, 1996, Mandela pediu o divórcio.
Com a redução da pena, para três anos e meio, nunca cumpriu um dia de prisão.
Desaparecida do noticiário, ela volta triunfante. Separação e denúncias não desanimaram seus admiradores. Nesta quarta-feira, deverá ser eleita para o legislativo: ocupa o quinto lugar na lista de candidatos do Congresso Nacional Africano (CNA), o partido de Mandela e do futuro presidente, Jacob Zuma.
A justiça sul-africana reconheceu que, embora condenada, não chegou a ser presa, o que a torna elegível.
Esperava o seu regresso. Dizia o Amilcar Cabral, todos os Homens sao recuperáveis.
ResponderExcluirHaja Wine Mandela noutras alturas.
Fico bastante feliz por isso.
Força, e Força wine.