quarta-feira, 22 de abril de 2009

Royalties do Petróleo: Vitor e Josenia depõem na Câmara

O diretor da ANP, Vitor Martins, e a mulher, Josenia Bourguignon Seabra, em depoimento hoje, na Câmara dos Deputados, negaram envolvimento nas denúncias sobre distribuição irregular de royalties que há semanas ocupam a imprensa nacional.
O Globo on line noticiou que Vitor estava irritado e que sua mulher culpou a imprensa, além de terminar o depoimento recitando um salmo. O Radar, da Veja, apresentou Vitor blindado pela base governista: os deputados aliados do Planalto sentaram na primeira fila do plenário onde se deu a audiência.
A empresária Josenia Bourguignon Seabra, sócia da empresa Análise Consultoria e Desenvolvimento, afirmou, na Comissão de Minas e Energia da Câmara, que nunca prestou serviços para prefeituras.

Josenia e o diretor da ANP (Agência Nacional do Petróleo), Vitor Martins, são acusados de participação em um esquema de irregularidades na distribuição dos royalties do petróleo a prefeituras do Estado do Rio de Janeiro.

Ela atacou a imprensa dizendo que as informações não são reais e cobrou que provas sejam apresentadas. A empresária reforçou o discurso do marido, que falou à comissão, e desqualificou o relatório da Polícia Federal."Não presto assessoria a qualquer prefeitura, não faço lobby e desafio qualquer órgão da imprensa a provar isso", disse.

A empresária afirmou que tem sofrido constrangimentos pelas acusações e que espera que os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível.

De acordo com o relatório da PF, a Análise Consultoria e Desenvolvimento seria beneficiada em um esquema de desvio de pagamento de royalties de petróleo a municípios do Rio de Janeiro. Victor Martins, irmão do ministro das Comunicações, Franklin Martins, teria interferido a favor da empresa intermediando o pagamento de R$ 1,3 bilhão de royalties, o que renderia à empresa uma comissão de R$ 260 milhões.

Martins disse que as suspeitas não têm fundamento porque esses recursos não chegariam exclusivamente aos cofres das prefeituras porque os recursos da participação especial paga pela Petrobras ficam com Estado e a União --sendo 50% com o Ministério de Minas e Energia e 10% com o Ministério do Meio Ambiente. O Estado fica com 40% da participação, repassando 10% para as prefeituras.

Para o diretor da ANP as acusações são políticas. "Estamos falando de um documento apócrifo, produzido por sei lá qual araponga. Essas acusações querem desmoralizar a ANP e me atingir pessoalmente. Nos últimos 20 meses, passei a ser irmão do ministro das Comunicações. A única verdade que tem nessas histórias é que não há provas", afirmou.
C/ Informações da imprensa nacional.

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