quarta-feira, 18 de março de 2009

A maldição do cunhado

"É indecoroso fazer política uterina em benefício de filhos, irmãos e cunhados. O bom político costuma ser mau parente". (Ulysses Guimarães)

No momento, o país assiste à novela sobre nepotismo explícito, encenada no Sergipe e protagonizada pelo governador Marcelo Déda (PT), que acaba de nomear desembargador o cunhado, Edson Ulisses de Mello, representante dos advogados no quinto constitucional.

O juiz da 3ª Vara Federal do Estado, Edmilson da Silva, acionado, considerou legítima a nomeação por se tratar de um ato tríplice, com participação de advogados, desembargadores e do governador Déda, o que torna impossível, na sua opinião, caracterizar como nepotismo.

Cunhados, como mostram fatos políticos contemporâneos, costumam trazer problemas para o parente em cargo de destaque. O gaúcho Leonel Brizola foi o pretexto usado pelos militares para derrubar o presidente Jango e implantar a ditadura no país. A bela Teresa Collor desencadeou as denúncias que detonaram o presidente Fernando Collor de Melllo, irmão do seu marido.

No Espírito Santo, denúncias contra o cunhado do governador José Ignácio, secretário de Estado Gentil Ruy, atingiram o governante, através de uma CPI e vários processos, interceptando a sua carreira política em ascensão.

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