sábado, 24 de abril de 2010

"Meu doce mafioso": Al Pacino completa 70 anos, neste domingo


São mais de quatro décadas dedicadas ao cinema, faz tempo que apresentou os primeiros cabelos brancos e está em idade de ser jubilado, mas não há quem pare Al Pacino.

O mafioso de Hollywood, que neste domingo faz 70 anos, volta aos casos criminais. No thriller "Son of No One" ele dá vida a um detetive em um bairro de operários. Channing Tatum, que encarna um jovem policial, Ray Liotta e Katie Holmes participam também da fita que começa a ser rodada em Nova York.

Justamente no fim de semana do seu aniversário, a estrela de voz rouca e inconfundível celebra outra estreia. O canal norte-americano HBO apresenta o drama "You Don't Know Jack". Dirigido por Barry Levinson, Al Pacino interpretou o polêmico médico defensor da eutanásia Jack Kevorkian. Conhecido como "doutor morte", saiu do cárcere em 2007 após passar oito anos na prisão. Kevorkian confessou que entre 1990 e 1998 ajudou a morrerem ao menos 130 pessoas com enfermidades incuráveis.

E dentro de pouco tempo Al Pacino se meterá também na pele de Salvador Dalí. Obteve faz muito tempo o papel do pintor surrealista espanhol na cinebiografia "Dalí & I: The Surreal Story", de Andrew Niccol.

O "nanico Pacino" como o chamavam os produtores de "O Poderoso Chefão", não teve um começo de vida fácil em Hollywood. Entretanto, há 30 anos o diretor Francis Ford Coppola preferiu o ítalo-estadunidense Alfredo James Pacino, de 1,68 metros, e filho de uma família siciliana, em lugar de Robert Redford, Warren Beatty, Jack Nicholson ou Robert De Niro.

Seu papel como filho do "padrinho" Don Corleone o fez famoso em todo o mundo. Na trilogía mafiosa (1972-1990), o ator transforma-se de obediente estudante na fría cabeça do clã familiar.

Al Pacino recorda que aos cinco anos sua mãe o levava ao cinema, o que despertou precocemente o seu amor pelos filmes. Teve uma infância difícil no bairro nova- iorquino do Bronx, onde cresceu com os avós.

Por falta de êxito, o adolescente foi expulso da escola de artes de Manhattan, mas logo tomou aulas com Charles Laughton e o legendário professor Lee Strasberg. Quando saía dos 20 anos, conquistou o primeiro dos prêmios "Tony" em Nova York. Em longa- metragem chamou a atenção pela primeira vez em 1970 como um neurótico traficante em "Pânico em Needle Park".

Após sua interpretação de Michael Corleone, pela qual obteve a primeira de oito indicações ao Oscar em 1972, Hollywood passou a disputar Al Pacino nos papéis de mafioso, policíal ou criminoso. Em "Serpico" (1972) interpreta um policial quebrado, em "Um dia de Cão" (1975) um sequestrador, em "Scarface" (1979) um grande criminoso.

Entretanto, seu sucesso foi interrompido em 1985 , após o fracasso da caríssima "Revolution", uma fita épica sobre a guerra da independência norte-americana. Passaram-se quatro anos antes de voltar a atuar em 'Sea Of Love'.


E, POR FIM, O OSCAR


Em 1992, passados 21 anos de sua primeira indicação ao Oscar e após seis intentos frustrados, Al Pacino conquistou a a estatueta por seu papel em "Perfume de Mulher", em que interpreta um cego, ex-oficial militar Frank Slade. Na fita de suspense "Heat" (1995), enfrenta em seu papel de policial frustrado um criminoso brutal interpretado por Robert de Niro. Há dois anos, ambos voltaram às telas com o thriller  "Righteous Kill', como velhos policiais. 

Também foi sucesso com "The Insider" e "Insônia". Recebeu aplausos da crítica e um Globo de Ouro com o filme para a televisão "Angels in America" sobre a epidemia de Aids nos anos 80. Em "Ocean's 13",  sobre a banda liderada pelo ladrão Danny Ocean, aliás George Clooney, Al Pacino convence com uma perigosa mescla de empresário e chefe mafioso.

Apesar do seu grande êxito no cinema, este fanático por Shakespeare sempre volta ao seu grande amor: o teatro. Com "Ricardo III- Um ensaio", o ator aprofundou em 1996 seu estudo de Shakespeare e debutou como diretor. A fita foi elogiada pela crítica como carinhosa homenagem a Shakespeare, que permite ver o trabalho dos atores e diretores de teatro. Em 2006, atuou em "Salomé", de Oscar Wilde, em Los Angeles. Antes brilhou em "Júlio César" de Shakespeare, "Aufstieg und Fall des Arturo Ui " de Brecht e "Édipo Rei " de Sófocles.

Na vida privada se esconde como eterno adolescente, o que lhe valeu o apelido de "versão masculina de Greta Garbo". Lutou muito pela tutela de Antonio e Olivia, nascidos em 2001, de sua longa união com Beverly D'Angelo. Pai de tres filhos, sem nunca ter se casado, também ocupou as páginas da imprensa por seu romance com sua co-protagonista Diane Keaton em "O Poderoso Chefão". (Com reportagem de El Mundo)

2 comentários:

  1. . Al Pacino uma lenda do cinema, com seu grande talento, seus grandes filmes e sua altura de 1,68.
    Mais e como diz o ditado: são nos menores frascos que estão os melhores perfumes e que perfume que contaminou todos nos com o seu jeito de atuar, de falar e de ser. E eu particularmente gostei de ser contaminado com o talento desse ator maravilhoso pois comecei a ver o cinema com outros olhos.

    Meus parabéns e mais 70 anos de vida e masi 80 anos de filmes com Al Pacino nas telonas do cinema de todo mundo.


    bjoos tudo de bom!!!!

    ResponderExcluir
  2. Maravilhoso...Pacino realmente é detentor de merecidamente muito êxito...e todos os nossos parabens como forma de muito obrigado...

    ResponderExcluir

Olá, seja bem vindo! Deixe aqui seu comentário, e não esqueça de se identificar clicando em "Comentar como", e escolhendo a guia "Nome/URL". Grande abraço!