quarta-feira, 1 de abril de 2009

Hospital Santa Rita: a dor e o abandono

Por um desses acasos, passei a manhã de segunda-feira no Hospital Santa Rita de Cássia, acompanhando uma pessoa amiga. Foram sete horas de total perplexidade diante do que pude ver. Ao sair, estava convencida de que, se fosse uma dessas autoridades com poder de aplicar penas alternativas, colocaria os responsáveis pela Saúde, no Estado, de plantão permanente naquele hospital. Seria uma punição pra valer.

Pacientes em estado grave, com câncer em estágio avançado, permanecem no pronto socorro por falta de vagas. Doentes recebem soro em cadeiras, por falta de leitos para acomodá-los. Médicos são insultados por um público desesperado, que luta por uma vaga, um soro, um atendimento.

Na recepção, três funcionárias se desdobram para atender centenas de pessoas. São poucos os enfermeiros e médicos. Não há ninguém deitado em corredor, mas o hospital está lotado.

Houve em nosso estado, nos anos 70, um secretário de Saúde que costumava dizer, "o Espírito Santo vai mal de Saúde". Hoje, como nada se fez pela área, seu vaticínio pode ser substituído por outro, "o Espírito Santo é um paciente terminal".

Devo reconhecer que a solidariedade e a coragem dos funcionários - em todos os níveis - tem mantido de pé o Santa Rita, que foi para o Estado um hospital de referência, e hoje mais se assemelha a um barco à beira do naufrágio.

Um comentário:

  1. QUE PENA QUE UM HOSPITAL DE TANTA REFERENCIA TENHA FICA ASSIM,, SERA QUE è POR AUMENTO DO NUMERO DE PACIENTES INTERNADOS OU POR CAUSA DE UMA PESSIMA ADMINISTRCAO DO HOSPITAL,,, POIS SO PENSAM EM GERAR LUCRO QUEREM VER DINHEIRO NUMEROS NAO SE IMPORTAM COM A VIDA DO SER HUMANO,,,,OS FUNCIONARIOS SAO OBRIGADOS A SE SUJEITAR AA CERTAS COISAS POIS NAO TEM OUTRA OPCAO DE TRABAHLO,,, QUE PENA QUE PENA,,,,,

    ResponderExcluir

Olá, seja bem vindo! Deixe aqui seu comentário, e não esqueça de se identificar clicando em "Comentar como", e escolhendo a guia "Nome/URL". Grande abraço!