sexta-feira, 13 de março de 2009

Moradores de rua: repressão em lugar de inclusão

A decisão do encontro entre a PM, Polícia Civil e Associação dos Moradores da Praia do Canto, sobre o problema dos sem-teto no bairro e adjacências, soa como absurda. Pedir à Prefeitura de Vitória que feche com concreto a parte inferior da ponte de Camburi não tira do mapa os vulneráveis.

O Banco Mundial, através da diretoria para a Redução da Pobreza e Administração Econômica da América Latina e Caribe, anuncia hoje que a crise fará surgir seis milhões de pobres na região. Logo, a população de rua da Praia do Canto tende a crescer.

No Rio de Janeiro, a Prefeitura adota medidas proativas para os vulneráveis, como a criação da cota de 10% das vagas nas empresas prestadoras de serviços. Ainda prepara turmas para aprender profissões, como a de pedreiro, reformando casas de pessoas com deficiência e idosos beneficiários do Bolsa Família.

O resultado do trabalho no Rio, onde a Prefeitura identificou 2000 moradores de rua, pode ser visto no II Encontro Carioca de População em Situação da Rua, com depoimentos, eleição de representantes e apresentação do filme "Em busca da Felicidade", com Will Smith.

Desde o início de fevereiro, este blog pede soluções para o problema dos sem-teto na Praia do Canto à Prefeitura, que não compareceu à reunião de hoje.

Os sem-teto precisam de inclusão e não de repressão. A responsabilidade do prefeito João Coser deve ser cobrada pela Associação e por toda a sociedade civil. Afinal, foi eleito e ganha muito bem para isso.

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