sábado, 28 de fevereiro de 2009

Os cães ladram e a caravana passa....

O silêncio do governador Paulo Hartung, em relação à escalada da violência no Espírito Santo, causa perplexidade aos seus habitantes. O ocupante do Anchieta parece ignorar o desespero do contribuinte, atingido por assaltos, sequestros, assassinatos, sem ter a quem recorrer.

A proximidade com o crime não é mais privilégio da periferia, pois está disseminado também nos bairros das classes média e alta, e pelo interior.

Já na primeira campanha para o Governo, o então senador Paulo Hartung avisava: " Não sou candidato a xerife". Em resposta ao seu concorrente, cuja bandeira era a Segurança Pública.

Um cochilo do eleitorado, deixou passar em branco o aviso. Na verdade, uma ameaça a se cumprir não muito depois.

Hoje, temos policial militar, pago para proteger a sociedade, assassinado durante abordagem; lojas depredadas em bairros superpovoados; caixas de bancos arrastados; tiroteios e mortes em shopping, de dia; vizinhos de autoridades palacianas e deputados sequestrados, igrejas saqueadas, bairros submetidos a bang-bang, com mortes de moradores inocentes.

Resiste a tudo o bom humor do secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, que atribui os crimes a mudanças climáticas.

Será que ainda falta alguma coisa? pergunta-se.

Esta parece a resposta mais plausível: " Sim. O governador Paulo Hartung- deputado constituinte estadual em 1988- precisa ler a Constituição Federal que, no artigo 144 , estabelece a Segurança Pública como dever do Estado, ao qual cabe preservar a ordem pública, a incolumidade das pessoas e o patrimônio".

E tratar de cumprir.

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