domingo, 22 de fevereiro de 2009

Está de volta o Escândalo da Gautama


A revista Veja chega às bancas, esta semana, com denúncias que trazem de volta o escândalo da Gautama, aparentemente esquecido do noticiário, como diz em seu blog Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, mas que nunca deixou de ser investigado pela Polícia Federal, como também informa o jornalista.

Em destaque, tanto no blog do Josias, quanto na Veja, estão o presidente do Senado, José Sarney, seus familiares- a filha Roseana, também senadora, e um irmão- e o empreiteiro Zuleido Veras, dono da Gautama, suspeito de fraudar licitações em troca de apoio a campanhas eleitorais.

A Operação Navalha da PF apurou as denúncias que resultaram em prisões no país.

No Congresso Nacional, a "CPI das Obras Inacabadas", encarregada de apurar desvios em obras públicas, em 2001, que também investigou a Gautama, teve a participação do atual prefeito de Vitória, João Coser. Autor de um pedido de informações à Gautama, sobre a construção de uma adutora do Rio São Francisco, em Sergipe, uma das obras em que a CPI detectou graves irregularidades.

No relatório final da CPI não apareceu qualquer restrição à construtora, como revela o jornal Correio Braziliense. Três anos depois, ainda segundo o jornal de Brasília, Coser foi eleito prefeito de Vitória, com ajuda de R$ 100 mil doados pela Gautama e declarados à Justiça Eleitoral.

A obra de Sergipe caiu na malha fina da Polícia Federal, em 2006, na Operação Navalha, planejada para colocar fim nas fraudes em licitações públicas. A PF e a Controladoria Geral da União descobriram que Zuleido Veras, dono da Gautama, estava pronto a receber mediações irregulares da Secretaria de Infra-Estrutura do Sergipe. O convênio entre a empresa Gautama e o Estado teve o valor de R$ 28 milhões.

O prefeito João Coser declarou ao Correio Braziliense que a CPI não investigou empresas, mas obras ( conforme matéria do jornal). Disse também que fez vários requerimentos não só à Gautama, e não mantinha relações pessoais com a empresa, nem com Veras.

Coser justificou a doação de R$ 100 mil afirmando ter obedecido a critérios legais, com a prestação de contas aprovada pelo TRE e atendendo ao diretório do partido. Ainda acrescentou que, em 2004, a Gautama doou R$ 150 mil ao comite único do PT, em São Paulo, e que a empresa não tem contratos com a PMV.

A matéria da Veja, intitulada "Basta de folia com o dinheiro público", leva as assinaturas dos repórteres Otávio Cabral e Diego Escosteguy que tiveram acesso à integra das provas produzidas pela Polícia Federal e trata da vitória da Gautama na licitação para as obras de ampliação do aeroporto de Macapá, no Amapá, reduto eleitoral de Sarney.

As denúncias surgem após a bombástica entrevista do senador Jarbas Vasconcellos, também à Veja, contra Sarney e o PMDB, partido aliado do presidente Lula.

Com informações da Veja, Blog do Josias e Correio Braziliense

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