quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Ninguém se esconde


Num tempo em que as comunicações caminham a uma velocidade exagerada, e nos bombardeiam com milhares de informações, os velhos métodos para conter a notícia não mais funcionam. Até mesmo nos países onde prevalece o autoritarismo, o bloqueio acaba furado pela Internet.


Quer dizer: a censura, hoje, é uma fera encurralada.
Considero o Google a maior arma da civilização moderna. Nas duas últimas semanas, fez recuar Barack Obama, presidente dos EUA, e o Papa Bento XVI. O primeiro na escolha de assessores com histórico de sonegação, o segundo no perdão a um bispo defensor do Holocausto.
Estavam na Internet os dados sobre o passado e declarações recentes dos protegidos. Alguém clicou e desmascarou personagens que, há uma década, permaneceriam impunes.
Observo que nem todos os governantes e autoridades constituídas, no Brasil, atentam para o risco. Numa época em que o país se mobiliza para a eleição majoritária de 2010, quando haverá troca de governadores, parlamentares e até presidente da República, tem gente desdenhando o poder dos meios modernos de comunicação.
A prática de ações que contrariam as regras mínimas da ética, do bom senso, e até do respeito aos direitos humanos, ainda é adotada por políticos e autoridades que ignoram o que se passa à sua volta- pelo menos até que a bomba seja detonada.
Temos visto, nas últimas semanas, como em poucas horas caem os ícones. Não há como evitar a divulgação de escândalos. O Google está aí para refrescar a memória da opinião pública.
Já passou da hora dessa gente entrar em contato com a realidade.

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