domingo, 22 de março de 2009

Bravos companheiros e amigos

Hoje, sinto saudades do amigo, reverendo James Wright, defensor dos direitos humanos.

Leio sobre a ida do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH), a Florianópolis, para homenagear Paulo Stuart Wright, dentro do projeto Direito à Memória e à Verdade.

O deputado estadual de Santa Catarina, desaparecido em 1973, após ser preso e levado ao DOI-CODI, em São Paulo, era irmão do reverendo Wright, que transformou a dor numa ação em favor de centenas de famílias na mesma situação.

Assumiu a direção do projeto Brasil: Nunca Mais, ao lado de Dom Paulo Evaristo Arns, da Arquidiocese de São Paulo, e do rabino Henry Sobel, e mergulhou em inúmeros processos.

Cumprida a missão de denunciar casos de tortura e mortes, durante a ditadura, refugiou-se em Vitória, onde pastoreava a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil.

Costumava ligar-me para troca de idéias. Eu era correspondente da Agência Estado (O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde) interessada em suas pesquisas.

Certa manhã foi traído pelo coração. Não viveu para ver a memória de Paulo reverenciada pela SEDH. Resta agora esperar que receba idêntica homenagem.

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