segunda-feira, 19 de julho de 2010

Após vídeo vazar, polícia afasta delegada do caso do goleiro Bruno

A Polícia Civil de Minas Gerais afastou a delegada Alessandra Wilke da investigação envolvendo o goleiro Bruno Fernandes, suspeito de participar do suposto assassinato de sua ex-amante, Eliza Samudio.

De acordo com o chefe da Polícia Civil, Marco Antonio Monteiro, o delegado Edson Moreira passa a presidir o inquérito. Segundo Monteiro, as medidas "visam dar prioridade absoluta à apuração, restringindo o acesso a informações para resguardar o trabalho para conclusão do inquérito com agilidade, no menor tempo possível".

 O afastamento ocorre após a Corregedoria da polícia mineira anunciar que iria investigar o vazamento de um vídeo em que Bruno nega envolvimento no crime.

O vídeo, feito durante o voo em que Bruno e Luiz Henrique Romão, o Macarrão, eram transferidos do Rio para Belo Horizonte, foi divulgado pelo "Fantástico", da TV Globo, neste domingo (18). O avião pertence à polícia mineira, que suspeita que a "entrevista" com o goleiro tenha sido gravada por um agente da corporação. A delegada Alessandra Wilke foi responsável pela transferência e acompanhou os suspeitos no voo.

CHOCADO

No vídeo, Bruno diz que ficou chocado com as atitudes tomadas por Macarrão, seu amigo e braço direito, e afirma que não sabia o que havia acontecido com Eliza. Ele disse que se assustou quando viu o filho dela com o amigo, e perguntou o que estava havendo. Segundo ele, Macarrão teria dito que deu dinheiro para Eliza e que ela havia deixado o menino com ele e ido embora.

Como tinha que se apresentar no Flamengo, Bruno, então, teria chamado a ex-mulher, Dayanne de Souza, para ajudá-lo com o bebê. Ele disse que achou que Eliza estaria "armando" alguma coisa novamente. Se referindo às acusações de ter forçado Eliza a ingerir remédios abortivos.

Ele contou que esteve poucos tempo com Eliza e que teria intenção de assumir a criança. "Estive com ela e com uns amigos. Ela ficou comigo e com uns amigos também. Fiquei com ela só uma vez e por quase 20 minutos só. Eu disse que se o filho fosse meu eu assumiria", afirmou.

Na denúncia de agressão registrada por Eliza em outubro do ano passado, porém, ela disse que teve um relacionamento com o goleiro durante três meses, e que Bruno teria forçado ela a realizar um aborto. O teste do laboratório indicou que Eliza tinha ingerido uma substância abortiva.

Na época, a juíza Ana Paula de Freitas, do 3º Juizado da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, negou o pedido de proteção pedido por Eliza porque entendeu que não havia vínculo afetivo com o agressor.

Bruno diz que, na época, mandou Macarrão negociar um acordo com Eliza porque não consversava mais com ela e que o acertado seria que ele pagaria uma pensão mensal de R$ 3.500, além do aluguel de um apartamento, totalizando R$ 6.000.

Bruno disse que Macarrão era seu amigo de infância e que tinha plena confiança nele. Bruno disse também que a amizade dos dois era de mais de 18 anos e que Macarrão cuidava de todos os seus negócios, incluive da administração de seus bens, para que ele só se preocupasse com o futebol.

Depois do que aconteceu, Bruno disse que não tem como confiar mais em Macarrão. "Não sei o que deu na cabeça do Macarrão. Hoje, com tudo o que aconteceu, é difícil de acreditar nele" disse o goleiro. (Com o Folha Online)

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