O pecuarista Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, foi condenado na madrugada deste sábado (1º) a 30 anos de prisão pela morte da missionária americana Dorothy Stang.
O motivo da participação de Galvão no crime, segundo a denúncia, foi uma área de terra chamada Gleba 55, onde irmã Dorothy desenvolvia trabalhos com os colonos e que era pleiteada por ela para implantação de assentamentos. O fazendeiro se entitulava proprietário da área, que na verdade era pública, e a vendeu a Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, também condenado como mandante do crime. De acordo com a promotoria, ambos encomendaram a morte da missionária porque ela assumia uma posição de liderança entre os agricultores e isso ia contra os interesses dos pecuaristas da região.
O julgamento durou mais de 15 horas no no Fórum Criminal de Belém. A manhã foi dedicada à oitiva das testemunhas resquisitadas pelo promotor Edson Souza. Prestaram esclarecimentos à Justiça a irmã da congregação Notre Dame Roberta Lee Sdire, o ex-gerente do Incra em Anapu Bruno Lourenço Kempner, e o delegado da Polícia Federal Ualame Fialho, que comandou o inquérito federal sobre o caso.
No final da manhã, duas testemunhas da defesa foram interrogadas: o corretor de imóveis Libério Pereira do Nascimento, que vendeu as terras para Regivaldo Galvão e o engenheiro agrônomo do Incra Antônio Elídio Coutinho Queiroz.
À tarde foi a vez do interrogatório de um dos co-réus, também requisitados pela defesa. Amair Feijoli da Cunha, o Tato, condenado como intermediário do crime, e sua mulher, Elisabeth Coutinho, foram ouvidos na condição de informantes.
Por fim, o réu foi interrogado e respodeu apenas às perguntas da defesa. Regivaldo Galvão negou participação no crime e disse que, quando procurou o Incra para vender a gleba a Bida, foi atendido por Bruno Kempner. Segundo o fazendeiro, este lhe afirmou que "a terra era boa" e que poderia ser feita a negociação.
Depois do interrogatório do réu, o juiz Raimundo Flexa autorizou uma acareação entre ele e Kempner, que reafirmou seu depoimento dado pela manhã. "Eu disse que a documentação daquela terra não era boa e que, considerando como terra pública, proíbe qualquer negociação. Aquela área já estava sendo requerida pelo Incra, que estava com processo de regressão, para que tivesse a posse". O réu então chamou o ex-gerente do Incra de mentiroso: "Excelência me desculpe, mas o depoente mente, está faltando com a verdade".
Dorothy Stang foi morta a tiros na localidade de Anapu, no sudoeste paraense, em fevereiro de 2005. A localidade, onde ela desenvolvia trabalhos em prol da reforma agrária, é palco de intensos conflitos por terras.
Dos cinco acusados de envolvimento na morte da missionária, quatro já haviam sido condenados: Rayfran das Neves, Amair Feijoli, Clodoaldo Batista e o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, julgado por três vezes e condenado no último dia 12 de abril a 30 anos de reclusão. (Com JB on line)
O motivo da participação de Galvão no crime, segundo a denúncia, foi uma área de terra chamada Gleba 55, onde irmã Dorothy desenvolvia trabalhos com os colonos e que era pleiteada por ela para implantação de assentamentos. O fazendeiro se entitulava proprietário da área, que na verdade era pública, e a vendeu a Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, também condenado como mandante do crime. De acordo com a promotoria, ambos encomendaram a morte da missionária porque ela assumia uma posição de liderança entre os agricultores e isso ia contra os interesses dos pecuaristas da região.
O julgamento durou mais de 15 horas no no Fórum Criminal de Belém. A manhã foi dedicada à oitiva das testemunhas resquisitadas pelo promotor Edson Souza. Prestaram esclarecimentos à Justiça a irmã da congregação Notre Dame Roberta Lee Sdire, o ex-gerente do Incra em Anapu Bruno Lourenço Kempner, e o delegado da Polícia Federal Ualame Fialho, que comandou o inquérito federal sobre o caso.
No final da manhã, duas testemunhas da defesa foram interrogadas: o corretor de imóveis Libério Pereira do Nascimento, que vendeu as terras para Regivaldo Galvão e o engenheiro agrônomo do Incra Antônio Elídio Coutinho Queiroz.
À tarde foi a vez do interrogatório de um dos co-réus, também requisitados pela defesa. Amair Feijoli da Cunha, o Tato, condenado como intermediário do crime, e sua mulher, Elisabeth Coutinho, foram ouvidos na condição de informantes.
Por fim, o réu foi interrogado e respodeu apenas às perguntas da defesa. Regivaldo Galvão negou participação no crime e disse que, quando procurou o Incra para vender a gleba a Bida, foi atendido por Bruno Kempner. Segundo o fazendeiro, este lhe afirmou que "a terra era boa" e que poderia ser feita a negociação.
Depois do interrogatório do réu, o juiz Raimundo Flexa autorizou uma acareação entre ele e Kempner, que reafirmou seu depoimento dado pela manhã. "Eu disse que a documentação daquela terra não era boa e que, considerando como terra pública, proíbe qualquer negociação. Aquela área já estava sendo requerida pelo Incra, que estava com processo de regressão, para que tivesse a posse". O réu então chamou o ex-gerente do Incra de mentiroso: "Excelência me desculpe, mas o depoente mente, está faltando com a verdade".
Dorothy Stang foi morta a tiros na localidade de Anapu, no sudoeste paraense, em fevereiro de 2005. A localidade, onde ela desenvolvia trabalhos em prol da reforma agrária, é palco de intensos conflitos por terras.
Dos cinco acusados de envolvimento na morte da missionária, quatro já haviam sido condenados: Rayfran das Neves, Amair Feijoli, Clodoaldo Batista e o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, julgado por três vezes e condenado no último dia 12 de abril a 30 anos de reclusão. (Com JB on line)
Vamos ver quantos meses ele ficará preso.
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