No mesmo dia em que a Previdência Social anunciou um déficit de R$ 3,7 bilhões em fevereiro e uma projeção de déficit de R$ 50,7 bilhões no ano, o governo Lula emite sinais de que, influenciado pelas pressões do ano eleitoral, vai ceder no reajuste dos benefícios pagos pelo INSS.
Com dificuldade de convencer a própria base aliada a aprovar o reajuste de 6,14% para as aposentadorias superiores a um salário mínimo, o governo autorizou seus líderes a negociar um acordo intermediário entre as propostas de alteração apresentadas pelos parlamentares e o texto original.
Com isso, espera derrubar a aprovação de um reajuste ainda maior e evitar o desgaste de uma derrota em plenário. Enquanto não se chega a um acordo, a votação da MP sobre o assunto, editada em dezembro, fica adiada para a terceira semana de abril.
O movimento do governo é encaminhar as negociações para um índice que seja a correção da inflação do último ano, o equivalente a 3,45%, mais um ganho real equivalente a 80% da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de 2008. A medida provisória encaminhada pelo presidente Lula prevê a reposição da inflação mais 50% da variação do PIB. Partidos da base defendem um índice composto pela correção da inflação mais 100% da variação do PIB.
"Estamos fechando um acordo com a base. Temos uma preocupação de não deixar o eleitoralismo tomar conta, mas podemos analisar o que é reivindicação justa", afirmou o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP). "Não concordamos que seja dado aos aposentados o mesmo reajuste do salário, mas, aceitamos um reajuste maior do que o dado pela MP. Nós temos tempo para ouvir. Vamos conversar com o governo na semana que vem e chegar a uma proposta", afirmou o líder.
C/ Veja on line
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