O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu parecer favorável à aplicação da multa máxima, de R$ 53,2 mil, contra o Sindicato dos Professores de São Paulo (Apeoesp) e sua presidente, Maria Izabel Noronha, por propaganda eleitoral antecipada para prejudicar o pré- candidato do PSDB à Presidência da República, o ex-governador José Serra.
Em representação à Justiça Eleitoral, o DEM e o PSDB alegaram que a direção do sindicato instrumentalizou a greve da categoria para difundir propaganda tendenciosa de partidários do PT contra Serra.
Durante a greve, deflagrada em março, os dirigentes do sindicato, conforme a representação, dirigiram ofensas ao candidato tucano e defenderam, em discursos e panfletos, que a população não votasse nele para presidente. "Serra, você não será presidente da República", avisou a sindicalista em uma das manifestações mais hostis, em frente ao Palácio dos Bandeirantes. A seguir ela indagou: "Esse senhor tem competência para ser presidente do Brasil? Não. Não. Mil vezes não!"
Na defesa, a direção do sindicato alegou não saber, à época, que Serra era candidato e que as críticas foram dirigidas ao público específico, os professores, não aos eleitores em geral. Gurgel considerou que não procede. "Primeiro, porque o público alvo é grande e influente junto aos eleitores, além de estar situada no maior colégio eleitoral do País. Segundo, porque a manifestação ocorreu em frente ao palácio do governo, lugar de grande circulação de pessoas", afirmou. A presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, afirmou ontem que "está sendo vetada, perseguida, porque não é do PSDB". "Quem deu o lado eleitoral foi o governador. Eu não sou candidata." Com informações Estadão.
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