Dilma, a pré-candidata da PT usa cada vez mais cacoetes de linguagem do seu mentor Lula. Na entrevista ao apresentador José Luiz Datena, encerrada há pouco, ela abusou dos “ou seja”, “justamente”, “veja bem”, “acontece”, “olha”, todas expressões usadas cotidianamente pelo presidente.
Mas, apesar das inúmeras referências a Lula, Dilma mostrou insegurança ao se enrolar em respostas a Datena. O apresentador, aliás, se valeu da falta de traquejo para tripudiar de algumas falas dela. Quando Dilma disse que iria reforçar as fronteiras com a Força Nacional para evitar a entrada de drogas no Brasil, Datena se referiu ao patrulhamento organizado pelo Ministério da Justiça como aquele “que não funciona”. E, no momento em que Dilma teceu loas ao “Minha Casa, Minha Vida”, Datena cutucou-a citando o programa: “ah, o que tem baixa execução”.
Já a entrevista concedida por José Serra ao SBT, também encerrada há pouco, pareceu mais uma corrida contra o relógio. Os apresentadores Carlos Nascimento e Karyn Bravo faziam (ou disparavam?) perguntas e o pré-candidato do PSDB à presidência respondia a elas sem que os dois prestassem a atenção no que o entrevistado falava.
Não houve tréplica e, em algumas questões, o candidato nem sequer formulou um pensamento a tempo. Serra deu apenas duas respostas mais elaboradas: não vê o MST como um movimento social legítimo (invasão ilegal é para ser resolvida pela Justiça) e a divisão dos recursos do royalties do pré-sal tem que manter os recursos para o Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados atualmente produtores de petróleo e que perderiam com a proposta.
O momento de descontração da tensa entrevista ocorreu no final, quando Karyn Bravo levou todos ao riso ao perguntar como Serra fazia para ficar “assim tão magrinho”. “É mais magro pessoalmente”, ela disse. (Por Lauro Jardim / Veja on line)
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