O FMI (Fundo Monetário Internacional) citou o Brasil como exemplo de economia em que existe risco de superaquecimento e onde, se isso acontecer, as políticas de estímulo devem ser retiradas.
“No campo fiscal, a lenta recuperação nas economias avançadas pede a manutenção das medidas de estímulo em vigor até que a recuperação esteja consolidada, especialmente onde a economia está abaixo de seu potencial”, diz o relatório World Economic Outlook, divulgado nesta quarta-feira (21).
“No entanto, a retirada de políticas de estímulo precisa ser feita assim que riscos de superaquecimento doméstico (como no caso do Brasil) se tornem uma preocupação”, afirma o documento, divulgado nesta quarta-feira, em Washington. O FMI revisou para cima suas projeções de crescimento para o Brasil em 2010 e em 2011.
Segundo a última edição World Economic Outlook, o PIB (produto interno bruto) brasileiro deverá avançar 5,5% neste ano, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação à projeção anterior, de janeiro. Para 2011, o FMI prevê crescimento de 4,1% na economia brasileira, 0,4 ponto percentual acima da projeção de janeiro.
As previsões do FMI estão um pouco abaixo das projeções do mercado brasileiro. No último relatório Focus, do Banco Central, a previsão é de crescimento de 5,8% em 2010 e 4,5% em 2011. Segundo o FMI, o crescimento brasileiro em 2010 será impulsionado principalmente por forte consumo privado e investimento.
O relatório diz que economias como a do Brasil, assim como China, Índia e Indonésia, apresentam crescimento forte, mesmo diante da fraca recuperação nas economias avançadas, atraindo fluxos de capital.
Segundo o FMI, isso se deve ao fato de que a maioria das economias emergentes e em desenvolvimento não sofreu choques mais prolongados em seus sistemas financeiros, nem grandes aumentos nas taxas de desemprego, e muitas foram capazes de implementar medidas de estímulo fiscal e monetário.
O FMI recomenda que, à medida que a recuperação ganhar ritmo, a postura da política monetária seja mais neutra. De acordo com o relatório, em um momento em que as pressões inflacionárias começam a crescer, em ritmos variados, algumas das economias com regime de metas de inflação, como o Brasil, parecem mais próximas dessa política monetária mais neutra do que outras, como Colômbia ou México.
“Caso os riscos ao crescimento se materializem, a política monetária dessas economias deve permanecer ágil em ambas as direções”, afirma o relatório. “No entanto, há também um argumento para manter as taxas de juros baixas por um período mais longo do que o justificado por considerações cíclicas domésticas, porque taxas de juros mais altas podem atrair fluxos de capital especulativo”, diz o documento.
O FMI afirma ainda que as economias emergentes enfrentam diferentes desafios no campo fiscal. “Muitas das economias emergentes da Ásia entraram na crise com níveis relativamente baixos de dívida pública”, diz o documento.
“Outras grandes economias emergentes, porém, têm menos espaço para manobras fiscais. O Brasil e a Índia já têm setor público e dívidas relativamente grandes”, diz o texto. De acordo com o FMI, nessas economias os novos esforços no setor público para promover crescimento de longo prazo e impulsionar o desenvolvimento social terão de ser feitos por meio de cortes em gastos menos produtivos. Com informações da BBC Brasil.
“No campo fiscal, a lenta recuperação nas economias avançadas pede a manutenção das medidas de estímulo em vigor até que a recuperação esteja consolidada, especialmente onde a economia está abaixo de seu potencial”, diz o relatório World Economic Outlook, divulgado nesta quarta-feira (21).
“No entanto, a retirada de políticas de estímulo precisa ser feita assim que riscos de superaquecimento doméstico (como no caso do Brasil) se tornem uma preocupação”, afirma o documento, divulgado nesta quarta-feira, em Washington. O FMI revisou para cima suas projeções de crescimento para o Brasil em 2010 e em 2011.
Segundo a última edição World Economic Outlook, o PIB (produto interno bruto) brasileiro deverá avançar 5,5% neste ano, um aumento de 0,8 ponto percentual em relação à projeção anterior, de janeiro. Para 2011, o FMI prevê crescimento de 4,1% na economia brasileira, 0,4 ponto percentual acima da projeção de janeiro.
As previsões do FMI estão um pouco abaixo das projeções do mercado brasileiro. No último relatório Focus, do Banco Central, a previsão é de crescimento de 5,8% em 2010 e 4,5% em 2011. Segundo o FMI, o crescimento brasileiro em 2010 será impulsionado principalmente por forte consumo privado e investimento.
O relatório diz que economias como a do Brasil, assim como China, Índia e Indonésia, apresentam crescimento forte, mesmo diante da fraca recuperação nas economias avançadas, atraindo fluxos de capital.
Segundo o FMI, isso se deve ao fato de que a maioria das economias emergentes e em desenvolvimento não sofreu choques mais prolongados em seus sistemas financeiros, nem grandes aumentos nas taxas de desemprego, e muitas foram capazes de implementar medidas de estímulo fiscal e monetário.
O FMI recomenda que, à medida que a recuperação ganhar ritmo, a postura da política monetária seja mais neutra. De acordo com o relatório, em um momento em que as pressões inflacionárias começam a crescer, em ritmos variados, algumas das economias com regime de metas de inflação, como o Brasil, parecem mais próximas dessa política monetária mais neutra do que outras, como Colômbia ou México.
“Caso os riscos ao crescimento se materializem, a política monetária dessas economias deve permanecer ágil em ambas as direções”, afirma o relatório. “No entanto, há também um argumento para manter as taxas de juros baixas por um período mais longo do que o justificado por considerações cíclicas domésticas, porque taxas de juros mais altas podem atrair fluxos de capital especulativo”, diz o documento.
O FMI afirma ainda que as economias emergentes enfrentam diferentes desafios no campo fiscal. “Muitas das economias emergentes da Ásia entraram na crise com níveis relativamente baixos de dívida pública”, diz o documento.
“Outras grandes economias emergentes, porém, têm menos espaço para manobras fiscais. O Brasil e a Índia já têm setor público e dívidas relativamente grandes”, diz o texto. De acordo com o FMI, nessas economias os novos esforços no setor público para promover crescimento de longo prazo e impulsionar o desenvolvimento social terão de ser feitos por meio de cortes em gastos menos produtivos. Com informações da BBC Brasil.
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