Cerca de 3.600 famílias moradoras de oito comunidades em áreas de risco no Rio de Janeiro serão removidas imediatamente, anunciou neste domingo (11), o prefeito Eduardo Paes (PMDB). As demolições das casas começaram pelo Morro do Urubu, em Pilares, na zona norte, onde segundo o prefeito em seu microblog (Twitter) a "sorte" impediu que os estragos da chuva atingissem a comunidade.
Além do Urubu, serão removidas construções na favela São João Batista, em Botafogo; Cantinho do Céu e Pantanal, no Morro do Turano, na Tijuca; Laboriaux, na Rocinha; Parque Colúmbia, em Acari e Morro dos Prazeres - onde pelo menos 30 pessoas morreram em decorrência de deslizamentos - e Fogueteiro, ambos em Santa Teresa, no Centro.
Para reassentar as famílias, a prefeitura destinará o terreno do antigo Complexo Penitenciário da Frei Caneca, no Centro, que foi implodido no último mês e um terreno comprado da Light, em Triagem, na zona norte. As casas serão construídas pelo programa do governo federal Minha Casa Minha Vida.
Os moradores das favelas Cantinho do Céu e Pantanal, na Tijuca, serão indenizados para comprar outros imóveis, em áreas autorizadas pela prefeitura, no programa chamado Aquisição Assistida. Já os moradores da São João Batista, receberão indenização em dinheiro, pelo valor do imóvel, acrescido de 40%.
Enquanto isso, os moradores removidos serão incluídos no programa Aluguel Social e receberão R$ 400 para locação de imóvel em área que não seja de risco. As oito comunidades que terão casas removidas não fazem parte da lista de 130 favelas consideradas em áreas de risco, em relatório divulgado pela prefeitura no início do ano. De acordo com o documento, 13 mil domicílios estavam comprometidos.
C/Agência Estado
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