O Banco do Brasil obteve autorização do Fed (banco central dos EUA) para operar com residentes nos Estados Unidos. Na prática, o banco poderá abrir agências, atuar no mercado de capitais e até comprar instituições financeiras norte-americanas.
Há mais de um ano que o BB esperava esse tipo de autorização, chamada de "financial holding companies". A instituição espera entrar em um mercado potencial de 1,5 milhão de brasileiros residentes nos Estados Unidos.
O diretor da área externa do BB, Admilson Monteiro, disse que o próximo passo dever ser a compra de alguma instituição norte-americana. O banco tem interesse em atuar nos Estados de Nova York, de Nova Jersey, da Flórida e de Massachusetts.
O BB já tem duas agências nos Estados Unidos, uma em Nova York e outra em Miami, mas para realizar apenas operações com não-residentes (brasileiros em viagem ou empresas com negócios nos Estados Unidos). Há ainda um escritório em Washington.
"É bem possível que o BB seja o primeiro banco estatal do mundo a ter esse tipo de autorização nos Estados Unidos", afirmou Monteiro. Segundo ele, a autorização foi concedida com base em três critérios: 1) instituição bem capitalizada, 2) instituição bem gerenciada e 3) regulador local (BC brasileiro) exerce uma supervisão eficiente.
Com os EUA, o Banco do Brasil atua hoje em 23 países. A experiência considerada mais bem sucedida é a do mercado japonês, onde a instituição tem autorização desde os anos 90 para operar com residentes. Segundo Monteiro, o BB tem 150 mil clientes no Japão.
No ano passado, o BB teve um lucro liquido recorde de R$ 10,15 bilhões, o maior já apurado por um banco no país. Estimulada pelo governo, a instituição ampliou em 33,8% sua carteira de empréstimos, que atingiu R$ 320 bilhões, incluindo avais e fianças. Com informações do portal Folha.
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