Ainda não foi desta vez que os ex-trabalhadores da Vasp conseguiram garantir o recebimento da dívida trabalhista a que tem direito, deixada pela companhia. Os que esperavam para esta segunda-feira (12) a venda pública da Fazenda Piratininga, que seria usada para o pagamento, saíram decepcionados do leilão.
Nenhum comprador disposto a ficar com a propriedade se manifestou no leilão, que aconteceu nesta segunda-feira (12/4), no Fórum Trabalhista Ruy Barbosa, na Barra Funda. Avaliada em R$ 615 milhões, a fazenda do empresário Wagner Canhedo Azevedo (foto), ex-dono da empresa aérea, saldaria parte da dívida trabalhista. O lance inicial estabelecido para o lote único foi de R$ 370 milhões.
Sem conseguir bater o martelo, o leiloeiro informou a cerca de 50 pessoas presentes no auditório do fórum que uma nova data será marcada para a venda. A juíza Elisa Maria Secco Andreoni, da 14ª Vara do Trabalho de São Paulo, não quis falar com a imprensa, mas informou por meio da assessoria de imprensa do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo que o valor do lance inicial será mantido, despistando boatos de que iria reduzi-lo. Elisa ainda afirmou que o leilão deve demorar a ser remarcado.
Presente no auditório, o advogado Francisco Gonçalves Martins, da Advocacia Martins, que patrocina o Sindicato dos Aeroviários, parte interessada na ação, lamentou a ausência de compradores, mas destacou a importância do leilão. “A venda pública já é uma vitória da Justiça. Ficou consolidado que, no Brasil, definitivamente não se dará mais calote em trabalhadores.”
C/ Consultor Jurídico
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