O vereador de Belo Horizonte e ex-deputado federal Cabo Júlio (PMDB), que em agosto de 2009 foi condenado em primeira instância por envolvimento com os Sanguessugas da Máfia das Ambulâncias, em 2002, escreveu uma carta de desabafo em seu blog pessoal na qual confessa envolvimento com o esquema e questiona por que até hoje foi o único dos 84 parlamentares indiciados a ser punido.
No texto, Júlio pede perdão à família, a Deus, aos amigos e também aos companheiros de trabalho pelos atos de corrupção em 2002, quando uma quadrilha teria superfaturado o preço de ambulâncias que eram repassadas a prefeituras do interior do País. Por conta do escândalo, o parlamentar, que havia cumprido dois mandatos como deputado federal, não conseguiu se reeleger em 2006. Em 2008 ele foi eleito vereador em BH.
Recentemente Cabo Júlio esteve internado no Hospital Santa Rita, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, para onde foi levado por policiais militares depois de ser encontrado desacordado no meio da rua. Ele havia acabado de passar mal ao volante e bater o carro num poste. Durante outras duas vezes, pelo menos, o parlamentar passou mal e teve que ser socorrido após tomar, segundo ele, medicamentos para fortes dores abdominais.
"Eu jamais esperaria que aquelas pessoas que me ajudaram na campanha de 2002 viessem a ser presos e acusados de tanta coisas erradas. Mas,quem com porco se mistura, farelo come. Eu não fui e não sou inocente. Deus sabe que não sou. Mas também não errei o tanto que me acusaram de errar", escreveu.
Ao final da carta, Cabo Júlio pede aos assessores de gabinete que o documento seja publicado na íntegra, de acordo com a vontade dele.
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