(Na foto, o presidente da Polônia e sua mulher, com Camila e o Príncipe Charles)
O avião do presidente da Polônia, Lech Kaczynski, caiu neste sábado (10), durante um voo rumo à cidade russa de Smolensk. O Comitê de Investigação da Procuradoria informou que 96 pessoas estavam a bordo do avião, entre elas Kaczynski. Não houve sobreviventes. Informações anteriores davam que 132 pessoas haviam morrido no acidente.
O acidente aconteceu no meio de um denso nevoeiro, quando o avião atingiu árvores quando se dirigia ao aeroporto de Smolensk. O piloto do avião rejeitou sugestões de desviar o voo até Moscou ou Minsk, a capital de Belarus.
A Procuradoria Geral da Rússia confirmou que o presidente da Polônia, Lech Kaczynski, estava a bordo do avião que se acidentou neste sábado na cidade russa de Smolensk. Kaczynski se dirigia à localidade russa de Katyn para prestar homenagem aos milhares de oficiais poloneses executados em 1940 pelos serviços secretos soviéticos.
Líderes mundiais, incluindo o primeiro-ministro russo Vladimir Putin, a chanceler alemã Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico Gordon Brown, já ofereceram suas condolências à Polônia.
Kaczynski, que possuia menos poderes que o primeiro-ministro mas tinha um papel significativo na política externa, era uma figura controversa na política polonesa. Ele defendia uma agenda de extrema-direita católica, contra reformas rápidas de livre-mercado e favorecia a retenção de programas de bem-estar social.
Kaczynski foi eleito presidente em 2005.
Além do presidente e de sua mulher, estavam no avião outros altos funcionários do governo, como o chefe da chancelaria presidencial Wladyslaw Stasiak, o chefe do Escritório de Segurança Nacional Aleksander Szczyglo, o presidente do Banco Nacional da Polônia Slawomir Skrzypek, o vice-presidente da Câmara, Jerzy Szmajdzinski, o subsecretário de estado do Ministério das Relações Exteriores Andrzej Kremer e o vice-ministro da defesa nacional Stanislaw Komorowski.
Também estão envolvidos no acidente o chefe do Exército da Polônia, Franciszek Gagor e os historiadores Andrzej Przewoznik e Tomasz Merta.
O avião no qual o presidente voava, um Tupolev 154, foi construído há mais de 20 anos. Segundo informações do governo, já havia sido pedido que os líderes poloneses atualizassem suas aeronaves. É possível que o acidente tenha sido causado por erro do piloto, disse Andrei Yevseyenkov, porta-voz do governo local de Smolensk.
O presidente russo Dmitry Medvedev mandou o Ministro Sergei Shoigu para o local do acidente e formou uma comissão especial encabeçada por Putin para investigar o caso.
A Polônia realizará eleições presidenciais antecipadas após a confirmação da morte de Kaczynski, disse Pawel Gras, porta-voz do governo polonês. As eleições devem ser realizadas até o final de junho. "De acordo com a constituição, temos que realizar eleições presidenciais antecipadas", disse Gras. "Por hora, o presidente da Câmara baixa do Parlamento, Bronislaw Komorowski, é o novo presidente interino."
A morte de Kaczynski, que ao lado de seu irmão era uma força dominante da política polonesa, traz incerteza política. "As consequências políticas serão duradouras, e isso possivelmente vai mudar todo o cenário futuro da política polonesa", disse Jacek Wasilewski, professor da Escola Superior de Psicologia Social, em Varsóvia.
Kaczynski, de 59 anos, foi aliado do líder do partido Solidariedade, Lech Walesa, e junto com seu irmão gêmeo, Jaroslaw Kaczynski, fundou o partido Lei e Justiça, de direita. Ele deixou o partido quando se tornou presidente em 2005, mas continuou a apoiá-lo.
Embora o cargo do presidente seja fundamentalmente simbólico, ele pode vetar leis. Lech Kaczynski enfureceu o governo do primeiro-ministro Donald Tusk muitas vezes ao bloquear projetos de leis, como o que reformava o sistema de saúde do país.
C/ Reuters e Agência Estado
C/ Reuters e Agência Estado
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