Provoca controvérsia na Câmara dos Deputados um ato da Mesa Diretora que assegura o pagamento extra de R$ 16,5 mil aos deputados que retornam à Casa após período de licença. É o caso de ministros do governo Lula que tiveram de deixar seus cargos na Esplanada para concorrer nas eleições de outubro.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que vai mandar rever o ato. Pela proposta, a ajuda de custo deve ser utilizada para cobrir gastos, por exemplo, com transporte, mudança, hospedagem e alimentação. A Câmara vai gastar neste mês R$ 274,5 mil a mais com o retorno de 15 parlamentares que deixaram os cargos de ministro, secretário estadual ou municipal por causa das eleições de outubro.
O auxílio garantido pelo ato é no mesmo valor do salário mensal de um parlamentar.Temer disse que vai reavaliar a questão, mas não garantiu que o pagamento será cancelado. " Vou mandar rever. Vou examinar esse assunto também. Não vou falar em cancelar o pagamento" disse ele.
Entre os beneficiados com a ajuda de custo estão os ex-ministros do governo Lula: Geddel Vieira Lima (Integração Nacional- na foto com Lula), Reinhold Stephanes (Agricultura), José Pimentel (Previdência) e Edson Santos (Igualdade Racial). Os ex-ministros retomaram as atividades na Câmara, mas estão de olho nas eleições de outubro.
Geddel (PMDB-BA) disputa o governo da Bahia. Já Stephanes (PMDB-PR), Pimentel (PT-CE) e Santos (PT-RJ) vão tentar uma nova vaga na Câmara, para mais quatro anos de mandato. Pela legislação, ocupantes de cargos no Executivo são obrigados a deixar as funções até seis meses antes do pleito se forem disputar as eleições.
C/ Zero Hora
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