Dez candidatos se inscreveram nesta quarta-feira na Câmara Legislativa do Distrito Federal para disputar a eleição indireta que vai escolher o governador e vice após a crise política que derrubou o governo Arruda.
Entre as chapas inscritas, cinco apresentam nomes que têm ligação ou fizeram parte da gestão do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), que é acusado de chefiar um esquema de arrecadação e pagamento de propina e teve o mandato cassado pela Justiça Eleitoral por desfiliação partidária.
O PR apostou em uma chapa puro sangue para formalizar a indicação do governador interino Wilson Lima. Presidente licenciado da Câmara Legislativa, Lima deixou a vaga para assumir o governo após a prisão de Arruda e a renúncia do ex-vice-governador Paulo Octávio (DEM).
Lima foi eleito para comandar a Câmara no início do ano após as denúncias do esquema de corrupção e foi escolhido para o cargo com o aval de Arruda.
Outra chapa com ligação ao ex-governo é do PMDB, que tem três parlamentares citados no esquema de corrupção. Os peemedebistas escolheram para governador o ex-presidente da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal), Rogério Rosso, e para vice Ivelise Longhi, ex-secretária e ex-administradora (espécie de prefeitura) de Brasília.
O candidato do PV ao governo, Nilton Reis, era subsecretário da Secretaria de Meio Ambiente e saiu do cargo após 11 meses também por causa da crise.
Ex-secretário de Esportes, o deputado distrital Aguinaldo Jesus (PRB) foi o único em atuação na Casa a se lançar na disputa. Newton Teixeira de Carvalho era ex-administrador da Estrutural.
Entre os candidatos também estão o ex-presidente da Infraero, José Carlos Pereira, e José Messias (PCdoB) ex-assessor especial do ministro Guido Mantega (Fazenda). Alguns dos indicados já testaram a popularidade em outras eleições, mas foram rejeitados nas urnas como Virgilio Macedo (PSDC), candidato ao Senado em 2006.
O pleito está marcado para o dia 17 e a Mesa Diretora ainda precisa validar as chapas para a disputa. Ao todo, 23 dos 24 deputados distritais têm direito a voto e representarão 1,7 milhão de eleitores. Uma vaga na Câmara esta em aberto porque o suplente de deputado Geraldo Naves (sem partido) está preso e ainda não assumiu a cadeira.
C/ Folha de S Paulo
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