(Sérgio Pardellas e Alan Rodrigues)
A função de tesoureiro de campanha eleitoral tornou-se um potencial foco de problemas após os escândalos que envolveram Paulo César Farias, durante a gestão de Fernando Collor, e Delúbio Soares, no governo do PT. Por isso, desde 2006, a escolha da pessoa encarregada de arrecadar e contabilizar os recursos durante a eleição para presidente da República passou a ser feita com extremo cuidado.
Este ano, para evitar sobressaltos, PT e PSDB escolheram dois nomes com perfil semelhante. Além de circularem com desenvoltura no meio empresarial e entre os banqueiros, o petista José de Filippi Jr, ex-prefeito de Diadema, e o tucano Sérgio Silva de Freitas, ex-vice-presidente do Banco Itaú, reúnem características apropriadas para o cargo. Além da confiança que inspiram entre seus partidários, são competentes no que fazem e, sobretudo, muito discretos.
Conhecido na cúpula tucana como “comendador”, alcunha herdada dos tempos de enxadrista, Sérgio Silva de Freitas, que também foi presidente da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) entre 2005 e 2008, costuma falar o essencial, odeia publicidade sobre seu nome e detesta fotografia. É tão reservado que, para não deixar registro de suas ações, não costuma escrever nada em papel. Mesmo assim, ele é precavido. Mantém um triturador de papéis em sua sala, caso caia em tentação. Também não gosta falar ao telefone. Leva ao pé da letra um ensinamento de Tancredo Neves. “Se quer conversar comigo, marque um encontro”, costuma dizer. Atualmente, preside o Conselho do Centro Cultural Catavento, um misto de museu e centro de ciências ligado à secretaria de Cultura do governo paulista.
Embora não seja neófito na função, já que exerceu a mesma atividade durante a campanha à reeleição de Lula, Filippi Jr., tal como Sérgio Silva, é um personagem dos bastidores, cujos hábitos e interlocutores são pouco divulgados. Nunca revela sua agenda. Educado, de fala mansa, o tesoureiro de Dilma Rousseff é conhecido como um cumpridor de acordos, o que é essencial para o posto. Em 2006, Filippi tornou-se respeitado no meio empresarial e entre os banqueiros, que não o conheciam até então. “Pelo que eu conheço dele, pelo seu perfil, acho que desempenhará a função com muita competência”, disse à ISTOÉ o senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Enquanto a campanha não começa oficialmente, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, se apresentam como os canais para doação e contato com Dilma Rousseff. “Estamos fazendo contatos e mapeando possíveis doações”, confirma Pimentel. Em junho, porém, quando encerrar uma temporada de estudos em Harvard (EUA), e as candidaturas forem homologadas, Filippi entrará em campo.
Este ano, para evitar sobressaltos, PT e PSDB escolheram dois nomes com perfil semelhante. Além de circularem com desenvoltura no meio empresarial e entre os banqueiros, o petista José de Filippi Jr, ex-prefeito de Diadema, e o tucano Sérgio Silva de Freitas, ex-vice-presidente do Banco Itaú, reúnem características apropriadas para o cargo. Além da confiança que inspiram entre seus partidários, são competentes no que fazem e, sobretudo, muito discretos.
Conhecido na cúpula tucana como “comendador”, alcunha herdada dos tempos de enxadrista, Sérgio Silva de Freitas, que também foi presidente da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) entre 2005 e 2008, costuma falar o essencial, odeia publicidade sobre seu nome e detesta fotografia. É tão reservado que, para não deixar registro de suas ações, não costuma escrever nada em papel. Mesmo assim, ele é precavido. Mantém um triturador de papéis em sua sala, caso caia em tentação. Também não gosta falar ao telefone. Leva ao pé da letra um ensinamento de Tancredo Neves. “Se quer conversar comigo, marque um encontro”, costuma dizer. Atualmente, preside o Conselho do Centro Cultural Catavento, um misto de museu e centro de ciências ligado à secretaria de Cultura do governo paulista.
Embora não seja neófito na função, já que exerceu a mesma atividade durante a campanha à reeleição de Lula, Filippi Jr., tal como Sérgio Silva, é um personagem dos bastidores, cujos hábitos e interlocutores são pouco divulgados. Nunca revela sua agenda. Educado, de fala mansa, o tesoureiro de Dilma Rousseff é conhecido como um cumpridor de acordos, o que é essencial para o posto. Em 2006, Filippi tornou-se respeitado no meio empresarial e entre os banqueiros, que não o conheciam até então. “Pelo que eu conheço dele, pelo seu perfil, acho que desempenhará a função com muita competência”, disse à ISTOÉ o senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Enquanto a campanha não começa oficialmente, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, se apresentam como os canais para doação e contato com Dilma Rousseff. “Estamos fazendo contatos e mapeando possíveis doações”, confirma Pimentel. Em junho, porém, quando encerrar uma temporada de estudos em Harvard (EUA), e as candidaturas forem homologadas, Filippi entrará em campo.
Apesar da discrição do ex-prefeito de Diadema, seus métodos para conseguir polpudas contribuições para o candidato a presidente são conhecidos. O tesoureiro do PT costuma promover jantares e investir nas doações via internet e na abordagem direta por intermédio de contatos de telemarketing, e-mails, indicação de simpatizantes e políticos. Para ajudar na tarefa, o partido deve contratar cerca de 20 operadores de telemarketing, que ficarão incumbidos pelos contatos iniciais.
Antigo braço direito de Olavo Setúbal, Sérgio Freitas na campanha de Serra, desempenhará dois papéis: o de arrecadador e de tesoureiro. Porém, como ele detesta aparecer, publicamente será José Gregori, ex-ministro da Justiça de FHC, quem assumirá as finanças da campanha. Ao lado de Freitas, outros tucanos influentes junto ao empresariado, como Márcio Fortes e Andrea Matarazzo, ficarão responsáveis por passar o chapéu durante a campanha.
As doações eleitorais viraram um tema polêmico, especialmente durante a campanha de 2006, realizada no rastro do escândalo do mensalão. “Algumas empresas se retraíram por conta da publicidade negativa que esse tema propicia, com a possibilidade de saírem na mídia como financiadoras de políticos e que certamente têm interesses envolvidos”, contou o petista Filippi em entrevista recente.
Agora, porém, a expectativa é outra. E a atual campanha vem sendo considerada a mais cara das últimas décadas. Pela previsão dos políticos, a despesa final das campanhas do PSDB e do PT poderá sair até R$ 200 milhões a mais do que a de 2006. Há quatro anos, os petistas gastaram R$ 168 milhões e a candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin custou aos tucanos R$ 161 milhões. Caberá aos experientes tesoureiros e arrecadadores de PT e PSDB pagar a conta, por mais salgada que seja. (Com IstoÉ)
Antigo braço direito de Olavo Setúbal, Sérgio Freitas na campanha de Serra, desempenhará dois papéis: o de arrecadador e de tesoureiro. Porém, como ele detesta aparecer, publicamente será José Gregori, ex-ministro da Justiça de FHC, quem assumirá as finanças da campanha. Ao lado de Freitas, outros tucanos influentes junto ao empresariado, como Márcio Fortes e Andrea Matarazzo, ficarão responsáveis por passar o chapéu durante a campanha.
As doações eleitorais viraram um tema polêmico, especialmente durante a campanha de 2006, realizada no rastro do escândalo do mensalão. “Algumas empresas se retraíram por conta da publicidade negativa que esse tema propicia, com a possibilidade de saírem na mídia como financiadoras de políticos e que certamente têm interesses envolvidos”, contou o petista Filippi em entrevista recente.
Agora, porém, a expectativa é outra. E a atual campanha vem sendo considerada a mais cara das últimas décadas. Pela previsão dos políticos, a despesa final das campanhas do PSDB e do PT poderá sair até R$ 200 milhões a mais do que a de 2006. Há quatro anos, os petistas gastaram R$ 168 milhões e a candidatura do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin custou aos tucanos R$ 161 milhões. Caberá aos experientes tesoureiros e arrecadadores de PT e PSDB pagar a conta, por mais salgada que seja. (Com IstoÉ)
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