A AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) pediu nesta segunda-feira ao Irã que confirme por escrito o acordo sobre a troca de parte de seu urânio levemente enriquecido por combustível no exterior, fechado sob a mediação de representantes do Brasil e da Turquia.
"A AIEA recebeu o texto da declaração comum do Irã, da Turquia e do Brasil assinada hoje em Teerã", declarou a porta-voz da organização, Gill Tudor. "De acordo com o que foi exposto lá, esperamos agora do Irã uma notificação escrita que indique que está de acordo com as disposições mencionadas na declaração".
O Irã se comprometeu com mediadores do Brasil e da Turquia a enviar parte de seu urânio para ser enriquecido no exterior, em uma aparente concessão sobre seu programa nuclear.
Os Estados Unidos também disseram nesta segunda-feira que continuam "seriamente preocupados" com o programa nuclear iraniano, apesar do acordo assinado por Irã, Brasil e Turquia. "Considerando os repetidos fracassos do Irã em cumprir com seus compromissos, e a necessidade de lidar com assuntos ligados ao programa nuclear iraniano, os EUA e a comunidade internacional continuam seriamente preocupados", disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.
Membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, tanto a França quanto o Reino Unido também demonstraram ceticismo com relação aos termos do acordo, e indicaram que continuam a defender a aplicação das sanções.
"Progressos na resolução nas Nações Unidas bastante importantes foram alcançados nos últimos dois dias", disse o chanceler francês, Bernard Kouchner, sem revelar detalhes. Apesar de elogiar a mediação turco-brasileira com o Irã, ele indicou que somente a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) pode se posicionar sobre os termos do acordo.
Seguindo o posicionamento francês, a chancelaria britânica reagiu ao acordo dizendo que os termos assinados não eliminam as "sérias preocupações" com o programa nuclear iraniano. "O Irã tem a obrigação de garantir à comunidade internacional suas intenções pacíficas", disse o alto funcionário da chancelaria britânica, Alistair Burt, acrescentando que, até que o faça, a República Islâmica estará sujeita às punições. ( Com Folha on line)
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