O presidente Lula advertiu nesta quarta-feira que haverá um retrocesso na questão nuclear iraniana se o Conselho de Segurança da ONU não tiver disposição para negociar uma saída diplomática.
"Agora depende do Conselho de Segurança da ONU sentar-se com disposição para negociar, pois se você se senta sem vontade de negociar, vai haver um retrocesso", disse Lula, durante uma conferência sobre a economia brasileira em Madri.
"Agora depende do Conselho de Segurança da ONU sentar-se com disposição para negociar, pois se você se senta sem vontade de negociar, vai haver um retrocesso", disse Lula, durante uma conferência sobre a economia brasileira em Madri.
As declarações de Lula vêm um dia depois dos Estados Unidos apresentarem ao Conselho de Segurança da ONU uma proposta de sanções contra o programa nuclear do Irã. As novas sanções contam com o apoio da Rússia e China, os membros permanentes mais relutantes do Conselho de Segurança.
Uma quarta rodada de sanções seria uma derrota aos esforços diplomáticos do Brasil, que conseguiu, junto a Turquia, um acordo nuclear com Irã. O documento prevê que o Irã envie à Turquia 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido (a 3,5%), para ser trocado em um prazo máximo de um ano por 120 quilos de combustível altamente enriquecido (20%), necessário para o reator de investigação científica em Teerã.
Tanto Brasil como Turquia definiram o acordo como avanço das negociações e um sinal claro de que não havia necessidade das sanções. As potências reagiram com ceticismo ao acordo e os Estados Unidos afirmaram que era apenas uma estratégia do Irã para tentar se esquivar de novas sanções. Os países argumentaram ainda que o acordo não inclui o fim do enriquecimento de urânio a 20% em território iraniano, o que vai contra resolução do próprio conselho.
Lula disse, contudo, que o acordo tripartite é "exatamente o que os EUA queriam fazer cinco ou seis meses atrás" --em referência a proposta de troca de urânio oferecida pelo grupo dos 5+1 (Reino Unido, França, EUA, China, Rússia e Alemanha) ao Irã, em outubro passado, e que foi rejeitada.
"Qual era o grande problema com o Irã? Ninguém podia sentar para negociar. Tudo que queríamos era convencer o Irã de que deve fazer um compromisso com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que deve negociar, que deve depositar o seu urânio na Turquia. Isto é o que foi acordado", completou. (Com Agência Folha)
"Qual era o grande problema com o Irã? Ninguém podia sentar para negociar. Tudo que queríamos era convencer o Irã de que deve fazer um compromisso com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e que deve negociar, que deve depositar o seu urânio na Turquia. Isto é o que foi acordado", completou. (Com Agência Folha)
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