A revista Época da semana, em matéria de Leopoldo Mateus intitulada "A fábrica de misses em Minas", desvenda como três das últimas quatro finalistas do Miss Brasil receberam o treinamento de um empresário de 65 anos que caça beldades por paixão e como ele acerta.
A última vencedora, Miss Brasil 2010, a capixaba Débora Lyra, passou pela escola e teve muitas mordomias, mas acordava todo dia às 5 horas para malhar. E nada de namoro.
O repórter conta que até uma década atrás, Divinópolis, com 220 mil habitantes a 100 quilômetros de Belo Horizonte, era conhecida pelas confecções de roupas. De 2000 para cá, passou a ser conhecida também por fabricar misses em escala industrial.
"É a Venezuela brasileira, por onde passaram três das últimas quatro finalistas dos Miss Brasil. A lista inclui Natália Guimarães, vice-Miss Universo em 2007, Rayanne Morais, vice do Miss Brasil de 2009, e Débora Lyra, dona da faixa de Miss Brasil desde o dia 8", compara o repórter.
A fábrica de misses foi inaugurada em 1999 por José Alonso Dias, dono de cinco revendas de automóveis na cidade. Era jurado do Miss Brasil e presenteava as campeãs com veículos de suas lojas, até que decidiu montar a produtora de eventos que organiza o concurso de Miss Minas Gerais e dedica-se, pessoalmente, à preparação de algumas concorrentes.
“Recebo cartas e vídeos, do Brasil inteiro, de meninas que sonham com a faixa de campeã”, afirma. “Eu olho a estampa, converso com os pais, procuro saber da moral das meninas e faço até enquete na cidade de origem para saber se elas realmente não são levianas.”
Elas têm de ter entre 18 e 23 anos. Se aprovadas em todos os quesitos – físicos e morais –, são levadas para um apartamento no centro de Divinópolis. Lá moram quatro de cada vez. Sob a vigilância do tutor, não podem sequer namorar. Natália Guimarães, que tinha namorado quando foi para lá, rompeu. "O caso com o Aécio foi só depois do Miss Brasil. Aí, eu não apitava mais”, diz Alonso.
No apartamento de 300 metros quadrados cada candidata tem sua suíte, com computador e TV a cabo. Elas têm passadeira, arrumadeira e a cozinheira que prepara peixes grelhados, saladas e sanduíches naturais. Doce não entra.
A rotina é puxada na fábrica de misses. “Eu acordava às 5 da manhã e ia malhar. E olha que era só o começo”, afirma Débora Lyra. A dedicação de Débora é confirmada pela personal trainer. “Ela nunca se atrasava. É uma mulher impressionante”, afirma Patrícia Bila.
As duas horas de academia são seguidas por três horas em uma clínica de estética. Para completar o tratamento, elas vão a Belo Horizonte tomar injeções que queimam a gordura localizada.
Na segunda-feira têm dança flamenca; terça-feira e quinta-feira, conversação de inglês. Segunda-feira e quarta-feira, elas podem estudar outras línguas. Uma vez por semana, aula de etiqueta.
“Recebemos uma formação completa. Estudei inglês, espanhol e alemão em Divinópolis”, afirma Débora. À noite, o desfile é na faculdade. A maioria delas faz jornalismo e tem motorista à disposição o dia todo. Mesmo assim, tirar carteira de habilitação é obrigatório.
Zé Alonso não poupa gastos quando o assunto é fazer a moça brilhar. “Paguei um curso para Débora, nos Estados Unidos, no ano passado. Em quatro meses, gastei R$ 40 mil.”
Ele garante não ter lucro, embora ganhe indiretamente com a produção do Miss Minas. “Nunca tomei um centavo delas. Faço tudo porque gosto.” Garante que nunca se envolveu com nenhuma delas. “Sou homem, mas tenho o maior respeito.”
Zé tem 65 anos, é casado, tem três filhos e três netos. Diz que mexe com isso porque é sua paixão. “Se quisesse pegar mulher era fácil. Muitas adoram dinheiro. Faço para ajudá-las.” Divinópolis é conhecida como a Princesa do Oeste mineiro. Quando saem de lá, as moças estão prontas para se tornar rainhas. Graças ao Zé. (Reportagem da Revista Época)
A última vencedora, Miss Brasil 2010, a capixaba Débora Lyra, passou pela escola e teve muitas mordomias, mas acordava todo dia às 5 horas para malhar. E nada de namoro.
O repórter conta que até uma década atrás, Divinópolis, com 220 mil habitantes a 100 quilômetros de Belo Horizonte, era conhecida pelas confecções de roupas. De 2000 para cá, passou a ser conhecida também por fabricar misses em escala industrial.
"É a Venezuela brasileira, por onde passaram três das últimas quatro finalistas dos Miss Brasil. A lista inclui Natália Guimarães, vice-Miss Universo em 2007, Rayanne Morais, vice do Miss Brasil de 2009, e Débora Lyra, dona da faixa de Miss Brasil desde o dia 8", compara o repórter.
A fábrica de misses foi inaugurada em 1999 por José Alonso Dias, dono de cinco revendas de automóveis na cidade. Era jurado do Miss Brasil e presenteava as campeãs com veículos de suas lojas, até que decidiu montar a produtora de eventos que organiza o concurso de Miss Minas Gerais e dedica-se, pessoalmente, à preparação de algumas concorrentes.
“Recebo cartas e vídeos, do Brasil inteiro, de meninas que sonham com a faixa de campeã”, afirma. “Eu olho a estampa, converso com os pais, procuro saber da moral das meninas e faço até enquete na cidade de origem para saber se elas realmente não são levianas.”
Elas têm de ter entre 18 e 23 anos. Se aprovadas em todos os quesitos – físicos e morais –, são levadas para um apartamento no centro de Divinópolis. Lá moram quatro de cada vez. Sob a vigilância do tutor, não podem sequer namorar. Natália Guimarães, que tinha namorado quando foi para lá, rompeu. "O caso com o Aécio foi só depois do Miss Brasil. Aí, eu não apitava mais”, diz Alonso.
No apartamento de 300 metros quadrados cada candidata tem sua suíte, com computador e TV a cabo. Elas têm passadeira, arrumadeira e a cozinheira que prepara peixes grelhados, saladas e sanduíches naturais. Doce não entra.
A rotina é puxada na fábrica de misses. “Eu acordava às 5 da manhã e ia malhar. E olha que era só o começo”, afirma Débora Lyra. A dedicação de Débora é confirmada pela personal trainer. “Ela nunca se atrasava. É uma mulher impressionante”, afirma Patrícia Bila.
As duas horas de academia são seguidas por três horas em uma clínica de estética. Para completar o tratamento, elas vão a Belo Horizonte tomar injeções que queimam a gordura localizada.
Na segunda-feira têm dança flamenca; terça-feira e quinta-feira, conversação de inglês. Segunda-feira e quarta-feira, elas podem estudar outras línguas. Uma vez por semana, aula de etiqueta.
“Recebemos uma formação completa. Estudei inglês, espanhol e alemão em Divinópolis”, afirma Débora. À noite, o desfile é na faculdade. A maioria delas faz jornalismo e tem motorista à disposição o dia todo. Mesmo assim, tirar carteira de habilitação é obrigatório.
Zé Alonso não poupa gastos quando o assunto é fazer a moça brilhar. “Paguei um curso para Débora, nos Estados Unidos, no ano passado. Em quatro meses, gastei R$ 40 mil.”
Ele garante não ter lucro, embora ganhe indiretamente com a produção do Miss Minas. “Nunca tomei um centavo delas. Faço tudo porque gosto.” Garante que nunca se envolveu com nenhuma delas. “Sou homem, mas tenho o maior respeito.”
Zé tem 65 anos, é casado, tem três filhos e três netos. Diz que mexe com isso porque é sua paixão. “Se quisesse pegar mulher era fácil. Muitas adoram dinheiro. Faço para ajudá-las.” Divinópolis é conhecida como a Princesa do Oeste mineiro. Quando saem de lá, as moças estão prontas para se tornar rainhas. Graças ao Zé. (Reportagem da Revista Época)
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