segunda-feira, 24 de maio de 2010

Autorizado a visitar família, condenado por morte de Tim Lopes foge da prisão

Um dos assassinos do jornalista Tim Lopes (foto) saiu da prisão em 7 de fevereiro, após ser autorizado pela Justiça a visitar a família, e não voltou mais.

Segundo a secretaria estadual de Administração Penitenciária do Rio, Ângelo Ferreira da Silva, condenado a 15 anos de prisão pelo homicídio, estava no presídio Benjamin de Moraes Filho, em Bangu (zona oeste), e cumpria pena em regime semiaberto desde 13 de maio de 2009. Em fevereiro, Silva saiu para uma visita periódica ao lar e não voltou. A pasta não soube informar em que dia ele deveria retornar.

A fuga de Ângelo só foi comunicada à Vara de Execuções Penais em 3 de março, e apenas na última sexta-feira, quase três meses depois, a prisão dele foi decretada novamente pela Justiça. Além de Silva, que estava preso desde dezembro de 2004, outros seis homens foram condenados pelo crime.

Tim Lopes, jornalista da Rede Globo, desapareceu em 2 de junho de 2002 na Vila Cruzeiro, favela que faz parte do complexo do Alemão, depois de ser reconhecido e capturado por traficantes ligados a Elias Maluco quando fazia reportagem sobre um baile funk onde haveria consumo de drogas e sexo explícito.

Lopes foi levado para o morro da Grota, também no complexo do Alemão, onde teria sido esquartejado e queimado --método conhecido como "micro-ondas" e usado para apagar vestígios da morte. (Com Folha on line)

O Blog: Tim Lopes foi um amigo inesquecível. Durante anos, na redação do Globo, no Rio, estivemos juntos. Início de carreira, muito jovens. Nos dias de folga, ele frequentava o nosso apartamento na Barão de Ipanema, em Copacabana. Gosto de relembrar a nossa tímida participação na banda de Ipanema. Falava devagar, baixinho. Foi sobretudo um grande repórter, sem ranços de heroismo. Lembro-me também dele na nossa casa em Vitória. Dias antes da sua morte chamei minha filha e disse: "Tim está correndo perigo". Havia acabado de assistir na Globo à matéria sobre a feira de drogas, com o crédito do repórter. Não deu outra!

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