O comando da ArcelorMittal, gigante do aço do indiano Lakshmi Mittal, aprovou há alguns dias e anunciou quinta-feira o maior investimento mundial do grupo no segmento de produção de aços longos depois da crise financeira e econômica global de 2008. A companhia aplicará US$ 1,2 bilhão, em dois anos, no Brasil para dobrar a capacidade de produção de uma de suas quatro siderúrgicas desse tipo de aço que opera no país.
Planejada há alguns anos, a expansão da usina de João Monlevade, no Vale do Aço, em Minas Gerais, foi atropelada pela crise. Retomado neste ano, o projeto passou por mudança de escopo, ampliando a capacidade de fabricação de fio-máquina para 1,15 milhão de toneladas. Esse produto é utilizado em inúmeras aplicações industriais - desde lã de aço (o famoso bombril) até cabos de aço, passando por molas, hastes para amortecedores e cordoalhas para pneus.
O desempenho da economia brasileira, com demanda firme por aço neste ano, foi suficiente para justificar a decisão do grupo, afirmou Gérson Menezes, principal executivo de Aços Longos da ArcelorMittal nas Américas. A produção desse tipo de aço do grupo nas Américas soma cerca 13 milhões de toneladas e o Brasil responde por quase 30%.
De acordo com Menezes, as vendas no Brasil de produtos oriundos de fio-máquina estão crescendo na faixa de 8% a 10%. Para tomar a decisão, o grupo considerou consumo sustentado nos próximos anos por conta de obras do PAC, investimentos na exploração de petróleo do pré-sal, eventos como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 e crescimento da indústria automotiva local, que caminha para ser a quarta maior do mundo.
Em João Monlevade, a 110 km de Belo Horizonte, a empresa já está com terraplenagem do terreno quase pronta e a previsão é concluir as obras da expansão prontas em dois anos. No auge, está estimado emprego de 6 mil pessoas na construção da nova unidade. A atual usina vai ganhar mais um alto-forno a carvão mineral, de 1,12 milhão de toneladas, uma nova sinterização (do minério de ferro que virá da mina própria, a 11 km) de 2,3 milhões de toneladas e terá sua aciaria duplicada para 2,4 milhões de toneladas.
Com a expansão, o grupo quer manter sua participação no mercado nacional de aços longos. Hoje, considerando todos os tipos de produtos nessa negócio, a concorrente Gerdau detém 49%, a ArcelorMittal, 39%, e outros, com destaque para a Votorantim Siderurgia, 12%. Em 2009, conforme o Instituto Aço Brasil (IABr), o consumo de aços longos atingiu 8,9 milhões de toneladas. A expectativa é que supere 10 milhões de toneladas em 2010 e cresça ao patamar de 15 milhões de toneladas em 2016.
Atualmente, o grupo tem capacidade instalada de 3,8 milhões de toneladas de aço longo no Brasil, distribuída em quatro usinas - João Monlevade e Juiz de Fora, em Minas, Piracicaba (São Paulo), e Cariacica, a menor de todas, no Espírito Santo. O novo projeto eleva a capacidade a 5 milhões de toneladas de aço bruto por ano.
Segundo Marcos Afonso Maia, vice-presidente de finanças, a empresa contará com financiamento do BNDES ao projeto. Desde 2007, já tem no banco uma linha aberta de R$ 4,9 bilhões para e outros investimentos. O banco financia até 80% de equipamentos e 60% de serviços nacionais.
No ano passado, a holding ArcelorMittal Brasil, que engloba aços planos (Tubarão e Vega do Sul) e aços longos, obteve receita no país de R$ 14,2 bilhões. (Fonte: Valor Econômico/ Ivo Ribeiro, de São Paulo)
O desempenho da economia brasileira, com demanda firme por aço neste ano, foi suficiente para justificar a decisão do grupo, afirmou Gérson Menezes, principal executivo de Aços Longos da ArcelorMittal nas Américas. A produção desse tipo de aço do grupo nas Américas soma cerca 13 milhões de toneladas e o Brasil responde por quase 30%.
De acordo com Menezes, as vendas no Brasil de produtos oriundos de fio-máquina estão crescendo na faixa de 8% a 10%. Para tomar a decisão, o grupo considerou consumo sustentado nos próximos anos por conta de obras do PAC, investimentos na exploração de petróleo do pré-sal, eventos como Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 e crescimento da indústria automotiva local, que caminha para ser a quarta maior do mundo.
Em João Monlevade, a 110 km de Belo Horizonte, a empresa já está com terraplenagem do terreno quase pronta e a previsão é concluir as obras da expansão prontas em dois anos. No auge, está estimado emprego de 6 mil pessoas na construção da nova unidade. A atual usina vai ganhar mais um alto-forno a carvão mineral, de 1,12 milhão de toneladas, uma nova sinterização (do minério de ferro que virá da mina própria, a 11 km) de 2,3 milhões de toneladas e terá sua aciaria duplicada para 2,4 milhões de toneladas.
Com a expansão, o grupo quer manter sua participação no mercado nacional de aços longos. Hoje, considerando todos os tipos de produtos nessa negócio, a concorrente Gerdau detém 49%, a ArcelorMittal, 39%, e outros, com destaque para a Votorantim Siderurgia, 12%. Em 2009, conforme o Instituto Aço Brasil (IABr), o consumo de aços longos atingiu 8,9 milhões de toneladas. A expectativa é que supere 10 milhões de toneladas em 2010 e cresça ao patamar de 15 milhões de toneladas em 2016.
Atualmente, o grupo tem capacidade instalada de 3,8 milhões de toneladas de aço longo no Brasil, distribuída em quatro usinas - João Monlevade e Juiz de Fora, em Minas, Piracicaba (São Paulo), e Cariacica, a menor de todas, no Espírito Santo. O novo projeto eleva a capacidade a 5 milhões de toneladas de aço bruto por ano.
Segundo Marcos Afonso Maia, vice-presidente de finanças, a empresa contará com financiamento do BNDES ao projeto. Desde 2007, já tem no banco uma linha aberta de R$ 4,9 bilhões para e outros investimentos. O banco financia até 80% de equipamentos e 60% de serviços nacionais.
No ano passado, a holding ArcelorMittal Brasil, que engloba aços planos (Tubarão e Vega do Sul) e aços longos, obteve receita no país de R$ 14,2 bilhões. (Fonte: Valor Econômico/ Ivo Ribeiro, de São Paulo)
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