domingo, 23 de maio de 2010

Manchete da Folha confirma informações deste blog: Lula articula seu futuro na ONU ou no Banco Mundial

Neste domingo, o jornal Folha de S.Paulo trouxe como manchete as negociações feitas pelo presidente Lula para se tornar secretário-geral da ONU ou presidente do Banco Mundial (BIRD). A matéria da Folha, assinada por Kennedy Alencar, vem confirmar informações divulgadas em posts neste blog  desde outubro de 2009. Confira as informações:

"MIAMI HERALD DIZ QUE LULA QUER SER O SECRETÁRIO- GERAL DA ONU"

O escritor e jornalista Andrés Oppenheimer (veja perfil e posts neste blog), ganhador do prêmio Pulitzer de 1987, publicou na edição desta quinta-feira (11) do jornal Miami Herald um artigo onde expressa contrariedade aos boatos de que o presidente Lula concorrerá ao cargo de Secretário- Geral da ONU em 2011.

No artigo intitulado "Presidente brasileiro para chefe da ONU? Esperamos que não" ele diz que a possibilidade da candidatura, explicitada pela revista Veja, explicaria ações da diplomacia brasileira que parecem pouco prováveis para um país governado por um presidente que lutou contra a ditadura.

Oppenheimer cita as recentes declarações de Lula contra a greve de fome de presos políticos em Cuba e a comparação deles a bandidos, as aproximações brasileiras com o Irã e os votos do Brasil na ONU favoráveis a interesses da Coréia do Norte, da República Democrática do Congo e do Sri Lanka.

Citando avaliações de diplomatas americanos e chilenos, o autor argumenta que a candidatura de Lula seria forte, sobretudo pelo prestígio internacional do presidente. Mas pondera que a praxe é que o secretário- geral seja reeleito e deixe o cargo apenas depois de um segundo mandato. Ban Ki-moon terminará seu primeiro mandato em 2011.

Segundo o artigo, outro problema para Lula seria a falta de domínio que o presidente brasileiro tem dos idiomas oficiais da ONU - o inglês e o francês. Oppenheimer sugere que um bom posto para Lula pode ser o de líder da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que tem sede em Roma. (Publicado no dia 11 de março de 2010/ Com JB on line)

LULA ESTÁ DE OLHO NO CARGO DE SECRETÁRIO- GERAL DA ONU, INFORMA THE  TIMES

O presidente Lula estaria considerando a possibilidade de suceder Ban Ki-moon no cargo de secretário-geral da ONU, segundo afirma reportagem publicada neste sábado (20) pelo diário britânico The Times. Segundo o diário, “diplomatas dizem que Lula, que deixa o cargo em janeiro, pode buscar o posto mais alto da diplomacia mundial quando o primeiro mandato de Ban Ki-moon expirar, no fim de 2011”.

“A ideia teria sido aventada pela primeira vez pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, durante a reunião de cúpula do G20, em Pittsburgh, em setembro”, comenta o diário. A reportagem observa que a possibilidade já vem sendo discutido pela imprensa brasileira, com sugestões de que Lula teria sido consultado por mais de uma pessoa sobre a questão.

Em entrevista ao diário, o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, não negou a possibilidade. “Ele (Lula) tem um grande interesse em questões internacionais, no processo de integração da América do Sul”, disse Garcia ao Times.

"Ele tem uma grande paixão pela África. Ele realmente quer fazer algo para ajudar a África”, afirmou. Para o diário, o estilo pessoal do presidente brasileiro e sua capacidade para manter relações amigáveis com todos os lados – com a China e com os Estados Unidos, com o Irã e com Israel – elevou seu reconhecimento internacional.

O jornal comenta as ofertas feitas na última semana por Lula, durante sua viagem ao Oriente Médio, de servir de mediador para o conflito na região como um exemplo dessa proeminência cada vez maior do presidente no cenário internacional.

O Times observa, porém, que Lula tomou recentemente posições que desagradaram os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, ambos países que teriam o poder de veto sobre sua indicação ao cargo de secretário - geral da ONU. O jornal cita a recepção dada em Brasília ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e as críticas às sanções ao Irã, e também o apoio à Argentina em sua disputa com os britânicos pelas ilhas Malvinas.

Segundo a reportagem, a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, teria considerado as iniciativas de Lula pela paz no Oriente Médio como “risivelmente ingênuas”. (C/ BBC Brasil  sábado, 20 de março de 2010)

LULA RUMO AO BIRD: O DESAFIO DE  NÃO SER "AMERICANO"

Um acordo informal de longa data determina que um cidadão dos Estados Unidos seja o presidente do Banco Mundial (BIRD), enquanto o diretor gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) seja de um país europeu. Lula pretende quebrar a tradição.

Porém, embora o Estatuto Constitutivo não estabeleça a nacionalidade do presidente, existe outra barreira diante dele: tradicionalmente o diretor executivo dos Estados Unidos é quem faz a indicação para o cargo.

Se vencer esses desafios, Lula presidirá um banco não no sentido corrente, mas uma fonte vital de assistência financeira e técnica para os países em desenvolvimento de todo o mundo. Uma organização internacional de propriedade de 186 países-membros (acionistas).

A sigla BIRD vem de "Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento". Sua união à Associação Internacional para o Desenvolvimento (AID) dá origem ao que é tradicionalmente conhecido como “Banco Mundial”.

O BIRD faz empréstimos para os países em desenvolvimento com renda per capita média, como o Brasil, a AID faz doações e empréstimos sem juros para os países mais pobres do mundo.

Para o comando do Banco Mundial, os países-membros elegem um representante e um adjunto para a Junta de Governadores, normalmente um ministro de estado, para um mandato de cinco anos.

Uma diretoria de 24 diretores executivos acompanha o trabalho, em reuniões duas vezes por semana em Washington para aprovar projetos e revisar as operações e as políticas do Banco.

Cinco desses diretores representam os países com maior número de ações no Banco, atualmente: Alemanha, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido. Os demais representam grupos de países; cada qual é eleito por um país ou um grupo de países a cada dois anos.

O estatuto do Banco determina que cada país subscreva obrigações de capital reembolsável que poderão ser requeridos de seus acionistas como reserva, caso venha a ser necessário. O valor depende do tamanho da economia do país. Esses recursos determinam o peso dos votos de cada país na Diretoria Executiva.

O Brasil subscreve US$ 4,02 bilhões do capital do BIRD, ou 2,07% dos votos. Com os demais países do grupo (Colômbia, Equador, Filipinas, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname, Trinidad e Tobago), o peso do voto do Brasil sobe para 3,59%.

Robert Zoellick é o décimo primeiro Presidente do Grupo Banco Mundial. Ele é também o Presidente da Diretoria Executiva do Banco Mundial e preside as cinco agências do Grupo. (Por Maura Fraga c/ site do Banco Mundial, domingo, 4 de outubro de 2009)

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