segunda-feira, 8 de junho de 2009

Direita avança nas eleições da Europa

A esquerda sofreu um profundo revés na Europa.

Os cidadãos que foram às urnas mostraram confiança nos partidos conservadores, que detêm o poder na maioria dos governos da União Européia. As alternativas da esquerda socialista e social democracia à recessão que atinge a Europa não mereceram crédito e apoio dos cidadãos.
Somente 43,39% dos europeus votaram, redução de dois pontos em relação ao mínimo histórico de 45,47% de 2004.
A direita permaneceu sólida na Alemanha, fortalecida na França, Itália, Reino Unido e Polônia.

Na Espanha, o triunfo do Partido Popular, com 23 deputados sobre os 21 do socialista José Luis Rodríguez Zapatero, não foi tão representativo.

O Partido Popular Europeu volta a ser a primeira força do Parlamento Europeu com representação entre 263 e 273 deputados, aumento considerável sobre o segundo, Partido dos Socialistas Europeus, que se manterá entre 155 a 165.

Os liberais serão a terceira força (de 78 a 84 euro deputados), menos que no parlamento anterior, ainda que experimentem avanços notáveis na Alemanha, França e Holanda.

Os verdes são a força que emerge com mais impulso, ao obter entre 52 e 56 cargos, frente aos 43 anteriores.

A queda socialista foi especialmente notável no Reino Unido e França, mas também na Dinamarca, Holanda e Hungria.

Os socialistas só lograram bons resultados na Eslováquia, onde alcançaram 32% dos votos, o dobro de 2004, e na Grécia onde aumentaram 36%.

O dado mais negativo para o projeto europeu foi a participação que se situou em 43,39%.

A apatia e o desinteresse pela Europa aumentam desde as primeiras eleições, em 1979, quando a participação foi de 61,99%. Chamou à atenção a participação na Lituânia, 20,54%, e na Eslováquia, 19,6%.

Os partidos ligados à ecologia registraram avanços notáveis na França, onde o partido de Daniel Cohn Bendit praticamente dobrou sua representação. Resultado similar obtiveram na Dinamarca, além dos bons números na Alemanha.

A extrema direita teve maior representação na Eurocâmara com avanços significativos na Finlândia, Áustria, Hungría, Eslováquia e Holanda.
C/ Informações do El País.

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