A primeira Copa do Mundo realizada na África termina neste domingo (11/07) e terá um campeão inédito. Holanda e Espanha se enfrentam no Soccer City, em Johanesburgo, principal palco construído pelos sul-africanos para a competição. Quem vencer se tornará a oitava seleção a levar o troféu para casa.
A Espanha chega à fase decisiva do Mundial apenas pela segunda vez na história. Em 1950, a final não foi disputada numa partida única, mas sim num quadrangular, no qual o time com mais pontos seria o campeão. A Fúria terminou na quarta posição e viu o Uruguai comemorar o título naquela ocasião.
Já a Holanda é finalista pela terceira vez. Em 1974 e 1978, a equipe ficou conhecida como "laranja mecânica" pelo seu estilo de passes rápidos e muita posse de bola e, é claro, pela cor do uniforme. Naquelas duas Copas, no entanto, a seleção perdeu as decisões para as anfitriãs: Alemanha Ocidental e Argentina, respectivamente.
Futebol à holandesa
A atual equipe espanhola tem um estilo que lembra o daquela Holanda, o que não acontece por coincidência. Sete dos titulares espanhóis que começaram jogando na vitória sobre a Alemanha, nas semifinais, têm contrato com o Barcelona.
O time catalão, por sua vez, tem grande influência da escola holandesa da década de 1970. Johan Cruyff, grande craque daquela geração, foi jogador e técnico do Barça e, desde então, muitos outros atletas do país foram contratados e chegaram a vestir a camisa azul-grená. O próprio meio-campo Sérgio Busquets, que se criou no clube, já agradeceu à Holanda por esta influência.
Mas um outro meio-campo do Barcelona e da seleção espanhola não gosta da comparação por um motivo simples. "Não queremos ser outra laranja mecância, queremos ser campeões", disse Xavi. "Seria muito justo para o futebol, bom para o esporte e mais, esta geração de jogadores merece", completou.
Também do lado holandês, a ideia é jogar bonito, mas com moderação. "Eu tento dar ao time mais estabilidade, ensinando como se defender corretamente. Eu adoro o futebol ofensivo, mas é preciso ter a posse de bola", ponderou o técnico Bert van Marwijk.
O caminho da seleção holandesa nesta Copa foi marcado por vitórias eficientes, e não por goleadas sobre os adversários mais fracos. Somente uma partida foi vencida por dois ou mais gols de diferença – a estreia contra a Dinamarca, por 2 a 0. No entanto, a Holanda é o único time que venceu todos os seus jogos no torneio.
"Eu fiz as coisas do meu jeito. Nós jogamos bem e às vezes jogamos bonito. No passado, nós começávamos a ganhar e ficávamos confiantes demais, até arrogantes. Eu tento explicar para os meus jogadores que sempre há uma outra partida", argumentou Van Marwijk.
Os capitães
Ao fim do jogo, o troféu será entregue a um dos capitães, e os dois merecem esta honra. Aos 29 anos, o goleiro espanhol Iker Casillas já coleciona 110 atuações com a camisa da seleção e caminha a passos largos para se tornar o jogador com o maior número de jogos defendendo as cores da Espanha. O atual recordista é Andoni Zubizarreta, que também era goleiro, com 126 partidas.
Na última temporada, no Real Madri, Casillas não foi tão bem. Na Copa, porém, foi decisivo quando defendeu um pênalti contra o Paraguai, nas quartas de final. Ao fim daquele jogo, todos os jogadores correram até o gol para comemorar com ele.
Na Holanda, o capitão é um jogador em fim de carreira. Aos 35 anos, Giovanni van Bronckhorst vai se despedir dos gramados em grande estilo. Sua última partida será a decisão deste domingo. "Eu não poderia sonhar com uma despedida melhor", reconhece o lateral do Feyenoord, que se tornará assistente técnico da seleção sub-21 do país na próxima temporada.
"Este é o nosso torneio. Em alguns momentos eu tive a sensação de que somos invencíveis. Nem sempre jogamos bem, mas marcamos gols em momentos cruciais", disse o capitão holandês. Mesmo sendo um jogador de defesa, Van Bronckhorst teve a sensação de marcar um destes gols. Contra o Uruguai, nas semifinais, ele abriu o placar com um lindo chute de longa distância, num momento em que a defesa adversária se mostrava muito firme.
"Eu vi na televisão as cenas de alegria que aconteceram no país quando eu fiz aquele gol. Foi uma loucura. Realmente me emocionou ter feito tantas pessoas ficarem tão felizes", contou Van Bronckhorst, orgulhoso. (C/DW)
A Espanha chega à fase decisiva do Mundial apenas pela segunda vez na história. Em 1950, a final não foi disputada numa partida única, mas sim num quadrangular, no qual o time com mais pontos seria o campeão. A Fúria terminou na quarta posição e viu o Uruguai comemorar o título naquela ocasião.
Já a Holanda é finalista pela terceira vez. Em 1974 e 1978, a equipe ficou conhecida como "laranja mecânica" pelo seu estilo de passes rápidos e muita posse de bola e, é claro, pela cor do uniforme. Naquelas duas Copas, no entanto, a seleção perdeu as decisões para as anfitriãs: Alemanha Ocidental e Argentina, respectivamente.
Futebol à holandesa
A atual equipe espanhola tem um estilo que lembra o daquela Holanda, o que não acontece por coincidência. Sete dos titulares espanhóis que começaram jogando na vitória sobre a Alemanha, nas semifinais, têm contrato com o Barcelona.
O time catalão, por sua vez, tem grande influência da escola holandesa da década de 1970. Johan Cruyff, grande craque daquela geração, foi jogador e técnico do Barça e, desde então, muitos outros atletas do país foram contratados e chegaram a vestir a camisa azul-grená. O próprio meio-campo Sérgio Busquets, que se criou no clube, já agradeceu à Holanda por esta influência.
Mas um outro meio-campo do Barcelona e da seleção espanhola não gosta da comparação por um motivo simples. "Não queremos ser outra laranja mecância, queremos ser campeões", disse Xavi. "Seria muito justo para o futebol, bom para o esporte e mais, esta geração de jogadores merece", completou.
Também do lado holandês, a ideia é jogar bonito, mas com moderação. "Eu tento dar ao time mais estabilidade, ensinando como se defender corretamente. Eu adoro o futebol ofensivo, mas é preciso ter a posse de bola", ponderou o técnico Bert van Marwijk.
O caminho da seleção holandesa nesta Copa foi marcado por vitórias eficientes, e não por goleadas sobre os adversários mais fracos. Somente uma partida foi vencida por dois ou mais gols de diferença – a estreia contra a Dinamarca, por 2 a 0. No entanto, a Holanda é o único time que venceu todos os seus jogos no torneio.
"Eu fiz as coisas do meu jeito. Nós jogamos bem e às vezes jogamos bonito. No passado, nós começávamos a ganhar e ficávamos confiantes demais, até arrogantes. Eu tento explicar para os meus jogadores que sempre há uma outra partida", argumentou Van Marwijk.
Os capitães
Ao fim do jogo, o troféu será entregue a um dos capitães, e os dois merecem esta honra. Aos 29 anos, o goleiro espanhol Iker Casillas já coleciona 110 atuações com a camisa da seleção e caminha a passos largos para se tornar o jogador com o maior número de jogos defendendo as cores da Espanha. O atual recordista é Andoni Zubizarreta, que também era goleiro, com 126 partidas.
Na última temporada, no Real Madri, Casillas não foi tão bem. Na Copa, porém, foi decisivo quando defendeu um pênalti contra o Paraguai, nas quartas de final. Ao fim daquele jogo, todos os jogadores correram até o gol para comemorar com ele.
Na Holanda, o capitão é um jogador em fim de carreira. Aos 35 anos, Giovanni van Bronckhorst vai se despedir dos gramados em grande estilo. Sua última partida será a decisão deste domingo. "Eu não poderia sonhar com uma despedida melhor", reconhece o lateral do Feyenoord, que se tornará assistente técnico da seleção sub-21 do país na próxima temporada.
"Este é o nosso torneio. Em alguns momentos eu tive a sensação de que somos invencíveis. Nem sempre jogamos bem, mas marcamos gols em momentos cruciais", disse o capitão holandês. Mesmo sendo um jogador de defesa, Van Bronckhorst teve a sensação de marcar um destes gols. Contra o Uruguai, nas semifinais, ele abriu o placar com um lindo chute de longa distância, num momento em que a defesa adversária se mostrava muito firme.
"Eu vi na televisão as cenas de alegria que aconteceram no país quando eu fiz aquele gol. Foi uma loucura. Realmente me emocionou ter feito tantas pessoas ficarem tão felizes", contou Van Bronckhorst, orgulhoso. (C/DW)
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