terça-feira, 2 de junho de 2009

Resgate de caixa preta é improvável


O jornal suíço Le Matin alerta, nesta terça-feira, sobre o risco de não se recuperar a peça que poderá revelar as causas do desastre aéreo de domingo, envolvendo o avião da Air France.

Caixas pretas como a do Airbus A330 da Air France são concebidas para resistir a pressões de até 6.000 metros de profundidade, mas nenhuma foi recuperada a partir de tais limites, declarou à AFP, Martin Del Bono, porta-voz para a BEA, agência francesa responsável pelas investigações oficiais sobre acidentes ar.

A profundidade máxima do Oceano Atlântico, na área onde a aeronave que operava o vôo Rio-Paris está sendo procurada, é de cerca de 4.700 metros ", diz Pierre-Yves Dupuy, do Serviço Hidrográfico e Oceanográfico da Marinha (SHOM) em Brest (oeste da França).

"Emitem um sinal, mas o som se propaga na água, dependendo de muitas variáveis: para além da profundidade, verifica-se a temperatura, salinidade e correntes", afirma Dupuy.

Se for captado sinal, examina-se o envio de submarinos.

Tem sido lembrado o caso do avião de carga egípcio que caiu no mar, em janeiro de 2004, ao largo da costa de Sharm el-Sheikh, cujos gravadores foram recuperados após duas semanas de investigação, mas estavam a apenas 1022 metros de profundidade.

As caixas pretas, efetivamente laranjas, são dois dispositivos distintos a bordo da aeronave. Registram parâmetros de vôos (Flight Data Recorder - FDR), as conversas e outros sons na cabine (Cockpit Voice Recorder - CVR).

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