O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante (foto), defendeu neste sábado ( 8) o afastamento do cargo do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior e afirmou que as acusações contra ele são gravíssimas e precisam ser esclarecidas.
"Em respeito à sociedade brasileira e para resguardar o Poder Executivo de acusações quanto à possível interferência nas investigações levadas a efeito pela PF, o recomendável seria o seu afastamento até que o inquérito seja encaminhado ao Ministério Público", disse Cavalcante.
Gravações telefônicas e e-mails ligam o secretário a um dos chefes da máfia chinesa em São Paulo, Li Kwok Kwen --também conhecido como Paulo Li. As informações são de reportagem de hoje do jornal "O Estado de S. Paulo". ( veja neste blog matéria de Rodrigo Rangel, jornalista capixaba, autor das denúncias veiculadas pelo Estadão).
O chinês foi preso em 2009 com outras 13 pessoas sob a acusação de comandar um esquema de contrabando de telefones celulares falsificados que girava R$ 1,2 milhão por mês. Ele também está envolvido em uma ação ilegal de emissão de vistos permanentes para chineses no Brasil. Li foi denunciado pelo Ministério Público Federal por formação de quadrilha e descaminho e estava preso até ontem (7).
As investigações também revelaram que Li se apresentava como "assessor especial" da Secretaria Nacional de Justiça, conforme apontaram apreensões de cartões de visita no escritório do chinês. Ele atuava, segundo a reportagem, como uma espécie de lobista para a aprovação de processos de anistia de chineses em situação ilegal no país. (Com Folha on line)
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