O senador José Ignácio só falava ao telefone por código, com medo do grampo.
"M grande" era Max Mauro, o governador; "C grande", Carlos Cunha, o vice; "R loura" , a deputada Rita Camata; "R morena", Rose de Freitas", e por aí vai. Quando se tratava de Sarney, presidente da República, "Ji", como se autodenominava, parecia mais criativo: chamava-o de "Bigode".
Certo dia, numa ligação para o senador Camata, recheada de apelidos usuais, apareceu com uma novidade:
- "Isso me cheira a CeCe", disse no meio da conversa.
A reação, do outro lado da linha, foi imediata:
- O que, Zé Ignácio? Quem você disse que cheira mal?
Ao que o interlocutor, irritado, respondeu:
- Não é nada disso, Camata. "CeCe" é Camilo Cola.
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