sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Paris recebe exposição de Nick Brandt, íntimo dos animais


As portas da A. Galerie, em Paris, permanecem abertas até 15 de janeiro de 2010 , para a exposição Shadow Falls ("Uma Sombra Cai"), do fotógrafo britânico Nick Brandt, que retrata animais selvagens da África como se estivessem posando para as lentes.
O artista fotografou a curta distância, sem o uso de lentes teleobjetivas, e mostra os animais de maneira poética, conferindo a eles uma imagem romântica e nostálgica, para alertar sobre o desaparecimento das espécies.
"Não fazemos o retrato de uma pessoa com uma teleobjetiva, a 30 metros de distância, esperando mostrar um pouco de sua alma. Nos aproximamos dela", disse o fotógrafo nascido em Londres.
"Ao ficar tão perto deles, eu acabo tendo uma certa sensação de intimidade, uma conivência com o animal que está a minha frente. Tenho, por vezes, até a impressão de que eles estão fazendo uma pausa, como em um estúdio fotográfico", diz.
Brandt fotografou leões, leopardos, rinocerontes, elefantes, gnus, girafas e zebras, normalmente com poses "serenas". As imagens, em preto e branco, mostram o céu sempre com nuvens.
As fotos da exposição integram o livro A África no Crespúsculo, lançado recentemente na França.
Antes de iniciar sua carreira de fotógrafo na África, em 2000, Brandt realizou videoclipes para artistas famosos, como Michael Jackson e Moby.
Na avaliação de críticos internacionais, as fotos artísticas de Brandt são bem diferentes das tradicionais imagens de animais publicadas em revistas como a National Geographic, que tem um visual mais voltado para o documentário.
Brandt percorreu pela primeira vez, em 1995, o trajeto de Nairobi a Arusha, no norte da Tanzânia, passando pelo sul do Quênia, no qual afirma ter visto girafas, gazelas, zebras, impalas e gnus.
"Treze anos depois, refiz o mesmo percurso e, durante quatro horas de estrada, não vi nenhum animal selvagem. Eles não migraram para outro lugar, eles desapareceram", disse.
"Estas fotos são meu poema para um mundo que está desaparecendo tragicamente", avisa.
C/ informações da BBC Brasil

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