sábado, 20 de fevereiro de 2010

Filme sobre catadores de lixo do Brasil é premiado em Berlim

O documentário "Lixo Extraordinário"("Waste Land"), coprodução entre Brasil e Reino Unido exibida na seção Panorama do Festival de Berlim, ganhou neste sábado, 20, os prêmios do público e da Anistia Internacional (AI).

Dirigido por Lucy Walker e com 99 minutos de duração, o filme mostra um trabalho que o artista plástico brasileiro Vik Muniz desenvolveu com catadores de lixo do Jardim Gramacho, bairro do município fluminense de Duque de Caxias.

O filme foi o mais votado pelo público que compareceu às projeções da seção Panorama, prêmio que será entregue amanhã, no Dia do Espectador, fechando o Festival de Berlim. Além disso, "Lixo Extraordinário" recebeu neste sábado o prêmio da Anistia Internacional junto com a produção palestino-egípcia "Son of Babylon", dirigida por Mohammed Al-Daradji.

Após receber o prêmio da AI, Walker disse à Agência Efe que os catadores de lixo são pessoas "dignas, valentes e inspiradoras" e afirmou se sentir "muito feliz" pelo fato de que o prêmio vai permitir que mais espectadores os conheçam. Segundo a cineasta, é uma "honra" que seu documentário, também premiado no último festival de Sundance, sirva para explicar "ao mundo" a vida dessas pessoas.

Walker insistiu na importância da reciclagem do lixo afirmando que "cada ação individual conta e é importante" e assegurou que trazer seu documentário para Berlim e conquistar um prêmio "foi um sonho". O júri do prêmio da Anistia Internacional destacou o grande valor e compromisso político e social tanto de "Lixo Extraordinário" como de "Son of Babylon".

"Son of Babylon" é um "road-movie" que narra com humor a situação no Iraque semanas depois da queda do regime de Saddam Hussein. A história é contada a partir do ponto de vista de um menino curdo que percorre o norte do país em busca do pai. Os prêmios do júri internacional do Festival de Berlim, presidido pelo diretor alemão Werner Herzog, serão divulgados nesta noite durante a festa de encerramento do evento.

C/ Agência Estado

O Blog: Tinha que ser Vik Muniz (já escrevi sobre ele neste blog). Artista, plástico, autoditada, porta-voz dos que não têm voz direito à voz.

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